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A Secretaria da Saúde de Votuporanga (a 521 km de São Paulo) confirmou quatro casos de dengue do sorotipo 3, que não desculpa epidemia no Brasil há 15 anos. Os sorotipos epidêmicos no país são do tipo 1 e 2.
O primeiro foi detectado em uma mulher, de 34 anos, que chamou a atenção por conta da intensidade dos sintomas clássicos da doença —febre, vômito, dor e manchas vermelhas pelo corpo, além de sangramento nasal e pela urina.
Nas ações de bloqueio, a secretaria identificou outros sete casos suspeitos. As amostras foram colhidas e enviadas para estudo. Destes, três foram confirmados para o mesmo sorotipo. As pacientes são mulheres com 5, 31 e 46 anos.
Todos os casos pertencem ao mesmo território, localizado em um bairro da região sul da cidade, de consonância com a pasta. As quatro pessoas estão em mansão e passam muito.
A secretaria seguirá com a coleta de amostras em outras regiões da cidade e enviará para estudo laboratorial para detectar se o vírus circula em mais locais ou se foi uma situação isolada.
A secretária da Saúde, Ivonete Félix do Promanação, pede que a população permita a ingressão dos agentes e que realize a limpeza de seus quintais diariamente. “É um trabalho de todos, um obrigação de cada cidadão, manter seus quintais e terrenos limpos, livres de objetos que possam reunir chuva”, diz.
No Congresso Brasílio de Infectologia realizado no último mês de setembro, o professor da UFRN (Universidade Federalista do Rio Grande do Setentrião) Kleber Luz, coordenador do Comitê de Arboviroses da SBI (Sociedade Brasileira de Infectologia) e consultor para arboviroses da Opas (Organização Pan-Americana de Saúde), chamou atenção para a possibilidade de uma epidemia de dengue 3.
“Os sorotipos 1 e 2 da dengue predominam no Brasil em 2023. O 3 está muito presente no México, na América Mediano, e já há o encontro dele no Setentrião do país. Há chance de uma epidemia mais importante, com mortes”, disse na idade.
O vírus da dengue possui quatro sorotipos. Quando um sujeito é infectado por um deles adquire isenção contra aquele vírus, mas ainda fica suscetível aos demais. Existe o risco da dengue grave, que ocorre com mais frequência em pessoas que já tiveram a doença e são infectadas novamente por outro sorotipo. É o que pode intercorrer com a infecção pelo tipo 3.
Entre os sinais de alerta estão os clássicos uma vez que febre, manchas vermelhas pelo corpo, dor abdominal, vômito persistente, acompanhados também de sangramento na gengiva, nariz ou na urina. Ao perceber qualquer sintoma, a orientação é para que o cidadão procure atendimento médico na unidade de saúde mais próxima.
Em maio deste ano, um estudo da Fiocruz havia apontado três casos do sorotipo 3 em Roraima e um no Paraná. As análises indicaram que a linhagem detectada foi introduzida nas Américas a partir da Ásia, no período entre 2018 e 2020, provavelmente pelo Caribe.
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