O número de brasileiros com planos de viagem cresceu 10% em relação a 2019. Esse propagação é puxado, principalmente, por aqueles que antes não tinham o hábito de viajar e que, agora, não veem a hora de fazer as malas —o que está mudando o perfil do turista brasílico.
Os novos viajantes brasileiros são, principalmente, da geração Z (28%) ou maiores de 65 anos (7%) —públicos que, em universal, conseguem contornar as dificuldades financeiras, seja se valendo de mais flexibilidade nas datas ou planejando com mais antecedência. Um totalidade de 82% desse novo público vem das classes C e D, e boa segmento deles moram no Núcleo-oeste, Nordeste e Setentrião.
Os dados são de um estudo encomendado pelo Google e divulgado nesta quinta-feira (23) no evento Think Travel, na sede da big tech em São Paulo.
Considerando insights coletados a partir das pesquisas feitas no site de buscas, o estudo revelou também os tipos de viagem que o brasileiro está planejando. Entre o pré-pandemia e os dias atuais, as buscas por rotas a uma intervalo de até 250 quilômetros saltaram 156%, e as buscas por “viagens de 3 dias” também cresceram 130%. Enquanto isso, as rotas de 3.500 quilômetros ou mais (majoritariamente, as internacionais) tiveram queda de 77% nas buscas.
“O impulso depois o confinamento da pandemia está trazendo novas pessoas para a indústria do turismo, mas as viagens estão mais curtas, mais terrestres e mais emocionais, uma vez que viagens religiosas, ou para ir a qualquer evento musical ou esportivo”, diz Aline Prado, líder de insights para o segmento de viagens no Google Brasil.
A executiva destaca que, desde 2021 as buscas por “mala” explodiram, alcançando um pico histórico em 2022, o que demonstra o tamanho da demanda reprimida. Antes mesmo de saberem qual viagem fazer, as pessoas já estavam sonhando ——e planejando o passeio.
“Esse poderoso componente emocional vai fazer com que esses viajantes deem um jeito de viabilizar essas viagens. Se um lugar está dispendioso, onde mais é verosímil ir? O lema é viajar mais com menos”, afirma Prado.
A maioria da geração Z (29%) quer fugir do óbvio e viajar para destinos incomuns dentro do Brasil, enquanto 27% tem interesse em viagens de ecoturismo. Tapume de 16% querem viajar para a América Latina, e 12%, para África e Ásia —um número aparentemente pequeno, mas que representa o duplo das gerações anteriores.
Embora tenha um orçamento menor, esse público é mais sensível a experiências ruins, e buscam hospedagens com um bom padrão estético. Não à toa, nunca se buscou tanto por hotéis tradicionais (+97% no primórdio de 2022, diante de o mesmo período de 2019); ao mesmo tempo, as buscas por aluguéis por temporada estão menores —a pesquisa não informa o quanto.
“Em viagens mais curtas, a hospedagem é o meio do planejamento, porque as pessoas querem principalmente experienciar um lugar permitido e muito localizado”, diz Prado. “Isso acontece pelo poder aquisitivo menor desses novos viajantes, que encurta a viagem e deixa o ‘uma vez que chegar em segundo projecto.”
Os novos milheiros
Entre o “impulso comportamental” de querer viajar e as restrições orçamentárias trazidas pelo momento econômico do país, uma das soluções encontradas pelo novos viajantes é financiar pelo menos segmento da viagem com as recompensas dos programas de milhagem e fidelidade, têm sido a porta de ingresso do turismo para os novos viajantes.
Tapume de 11% de quem passou a viajar depois da pandemia tem utilizado programas de recompensa para financiar suas viagens, e 5% consegue financiar todos os custos da viagem através deles. Entre quem utiliza essas ferramentas, 75% preferem os programas de bancos e instituições financeiras, enquanto 38% utilizam os programas das companhias aéreas.