São Paulo
No Brasil, há mais de 40 milénio Thalias ou Talias, quase todas nascidas a partir da dezena de 1990, segundo o IBGE (Instituto Brasílico de Geografia e Estatistica). A dezena de maior popularidade do nome coincide com o período em que a mexicana Thalía fazia sucesso nas tardes do SBT com novelas porquê “Maria do Bairro” (1995-1996), “Marimar” (1994) e “Maria Mercedes” (1992-1993).
“Que oferecido incrível você acaba de me dar”, surpreende-se a atriz e cantora ao saber do número pelo F5. “Vou vigiar isso no meu coração. Queria poder abraçar essas 40 milénio xarás e agradecer aos meus fãs do Brasil, que sempre me permitiram fazer coisas novas para dar de presente a eles.”
A última empreitada que Thalía quer fazer chegar aos fãs brasileiros é o projeto “Thalía’s Mixtape”, que envolve um álbum (já disponível nas plataformas de música) e uma série documental que acompanha o processo de gravação e seus encontros com os parceiros, cuja estreia é nesta quarta-feira (3) no serviço de streaming Paramount+.
O repertório é formado por rocks clássicos em espanhol das décadas de 1980 e 1990. “Eu estava dirigindo em uma estrada e comecei a escutar algumas músicas que estavam numa fita que eu gravei quando era juvenil, e nesse momento tive a teoria”, conta a artista. “São músicas que às vezes até evita escutar muito porque são daquelas que fazem doer o coração (risos).”
Mais conhecida pelo pop, Thalía conta que foi bastante influenciada por bandas porquê a argentina Soda Stereo, a colombiana Aterciopelados e a mexicana Maná, que ganham releituras entre as músicas do álbum. “Foi o rock que rompeu com as estruturas de uma sociedade bastante opressiva. Vê-los falar de temas polêmicos e se expressar de forma tão autêntica também me deu forças para fazer o mesmo quando eu era jovem”, afirma.
A mexicana diz que vem aprendendo com os filhos, Sabrina e Matthew, de 15 e 11 anos respectivamente, sobre a valia das redes sociais para a música na atualidade, mas que também contou a eles porquê era no seu tempo. “Era tudo muito mais tangível antes, você gravava uma fita cassete personalizada, colocava adesivos e saía ouvindo no seu walkman”, lembra.
“Para mim era importante trazer tudo isso de volta para que meus filhos vissem porquê funcionava”, explica. “Queria mostrar tudo pelo que a música passou antes de chegar na nuvem, antes que a perceptibilidade sintético tomasse a vanguarda dos seus gostos e fizesse uma playlist para você. E, evidente, eles ficam encantados de ver meu lado roqueira ou chorando ao trovar com o David Summers [da banda espanhola Hombres G], de quem eu era fã. Eles amam saber tudo o que você consegue realizar quando tem um sonho.”
Casada há 22 anos com o empresário músico Tommy Mottola, que durante 15 anos foi o chefão da Sony Music, Thalía conta que tem um contrato com o marido para que o trabalho não tome conta de todo o dia do par: “Depois das 18h, não falamos mais sobre isso, é porquê se nos fechássemos em nossos oásis”.
“Ele se emociona muito com a minha paixão por projetos porquê esse e pela minha entrega para a música”, diz sobre o marido, antes de dar uma dica para quem procura um relacionamento longevo. “O que faz o sucesso de um par, para mim, é o saudação às diferenças. Não que sejamos tão diferentes, temos nossas individualidades, mas nos gostamos e amamos supra de tudo.”
BRASIL E NOVELAS
Apesar de não ter brasileiros no atual projeto, Thalía diz que o Brasil sempre esteve em sua “mixtape”. Sua primeira referência foi Carmen Miranda (1909-1955), mas ela diz que o país tem “muitos artistas maravilhosos com que tive a sorte de trabalhar e que pude saber”.
Recentemente, ela e Anitta ficaram amigas ao apresentarem juntas a cerimônia do Grammy Latino, em Las Vegas, ao lado da italiana Laura Pausini e do porto-riquenho Luis Fonsi. Desde portanto, uma parceria entre ambas é muito desejada por fãs brasileiros.
“Nós sempre nos mandamos mensagens falando sobre porquê vai ser. Queremos muito fazer, mas precisamos nos organizar, porque quando estamos juntas ficamos muito presas à nossa virilidade”, comenta. “Temos uma virilidade muito poderosa, portanto acho que tem que ser um pouco muito para cima e risonho. Em qualquer momento, vai trespassar.”
Sobre os admiradores que conquistou no país, ela se diz grata e sempre ávida por retribuir o carinho que recebe por cá. “É uma bênção e uma sorte as pessoas serem tão amorosas comigo durante tantos anos”, afirma. “É uma história de paixão que continua crescendo e se retroalimentando. Os brasileiros continuam vendo as minhas novelas, continuam amando a Maria do Bairro (risos).”
E, por falar nisso, será que ainda há espaço na vida dela para voltar a trabalhar porquê atriz? “Eu senhoril atuar e dar vida a personagens”, diz. “Só falta encontrar uma personagem que me mova, que não seja estereotipada, queria fazer um pouco novo e dissemelhante. Mas quando menos esperarem vou nascer com um pouco nessa extensão.”