São Paulo
O que você faria por um ingresso para o show da Taylor Swift? Fãs, naquela clássica cena que precede os espetáculos dos grandes pop stars internacionais, comem o pão que o diabo amassou em filas presenciais com recta a questionário para certificar que a pessoa é mesmo fã da cantora e, só nesta quinta-feira (22), mais de dois milhões de pessoas aguardavam por um sinal de OK para inserir os dados de seu cartão no site que vende os bilhetes, numa loooonga fileira de espera virtual.
Os swifters, uma vez que são chamados os leais e apaixonados fãs da cantora americana, têm um motivo a mais para tanta impaciência: a loirinha de 33 anos está longe de ser arroz de sarau por cá. Esta será segunda vez que dará a honra de sua presença no país ao longo da curso. A primeira foi em 2012, num pocket show (muito pocket mesmo), de muro de 30 minutos.
Ela veio para publicar o álbum “Red”, numa apresentação no Rio fechada para convidados. Na quadra, segmento dos ingressos foi disponibilizado para os swifters somente por meio de promoções de rádios ou editoras. Por isso, poucos fãs puderam vê-la de pertinho. Em conversa com o F5, alguns desses guerreiros contaram uma vez que foi a guerra pela ingresso e o que lembram da apresentação —com recta a vergonha alheia de Paula Fernandes.
Reinaldo Costa, hoje com 28 anos, conta que os áureos tempos de jovem nem-nem (nem estuda nem trabalha), lhe permitiram permanecer horas e horas de tocaias, fazendo o que a rádio parceira do show impôs uma vez que requisito: todaa vez que alguma música de Taylor começava a tocar, ele deveria ir ao Twitter da empresa e mandar uma mensagem. Dito e feito.
“Depois dessa experiência, eu não aguentava mais escutar essa rádio. Até hoje fico enjoado só de ouvir ‘Wigle’, do Jason Derulo, que era uma das músicas bombantes da quadra”. Ele conseguiu dois ingressos e, uma vez que seus amigos curtiam mais rock, o hoje motorista de aplicativo decidiu presentear um outro fã de um grupo virtual.
Todos os vencedores se encontraram na sede da emissora, em São Paulo, em 13 de setembro de 2012 para irem ao Rio de Janeiro, onde o show foi realizado. Ele chegou afobado, suado e com o dente da frente remendado. Culpa da impaciência, que o fez consumir amendoins sem parar na noite anterior. Mordeu com muita força e, plaft! abriu-se uma janelinha na boca de Reinaldo. Ele passou a madrugada indo detrás de dentistas, até que um companheiro de seu pai o atendeu muito cedinho, uma hora antes do embarque.
“Eu só respirei quando sentei no ônibus, mas fiquei quase o tempo todo com a boca fechada porque não podia forçar o dente. A apresentação foi muito rápida e fiquei com muito dó da Paula [Fernandes] porque ela tentou trovar ‘Long Live’ [parceria das duas cantoras] em português mas a plateia cantou em inglês. Eu tentei ajudá-la, mas não teve uma vez que”, lembra.
O ingresso do show, assim uma vez que os registros de todos os momentos —uma foto na frente do prédio da rádio, a viagem de ônibus e a posição no Citybank Hall— estão muito muito guardados. Reinaldo, peninha, ainda não conseguiu prometer presença em nenhuma das apresentações deste ano, que devem ocorrer em novembro. “Se não conseguir zero, vou voltar à minha quadra de jovem doido e participar das promoções de novo. É o jeito”, diz.
Já para Glenda Mello, a sorte veio por meio de uma história. Leitora assídua de literatura infanto-juvenil, a portanto jovem fã de 14 anos participou de uma competição de uma editora com foco neste público e deveria relacionar a norte-americana a qualquer personagem de um de seus livros.
“Eu lembro que gritei e chorei muito quando saiu o resultado. Uma vez que ganhei um par de ingressos, levei minha mãe. E tem uma história engraçada: uma hora ela foi chuva e ajudou a Kamilah Marshal, umas das backing vocals da Tayor e que trabalha com ela até hoje, a comprar uma esfirra. Uma vez que ela não falava português, não estava muito à vontade.”
Sobre Paula Fernandes, ela fala que na quadra ficou com muita raiva da brasileira por “estragar a música”, pois sempre quis escutar “Long Live” ao vivo, experiência que foi, segundo ela, prejudicada pela brasileira.
Um outro momento marcante foi quando encontrou a mãe da cantora, Andrea Swift, na porta do hotel onde a artista se hospedou. O registro ainda existe e está tremido por conta do nervosismo do momento. Glenda mora nos Estados Unidos e já foi a outros shows de Taylor e mantém até hoje a amizade virtual com Juliana Uchôa, que fez por conta do paixão em generalidade.
Dissemelhante de muitos fãs que não conseguiram uma vaga para novembro deste ano, Juliana mobilizou toda a família e amigos para conseguir um ingresso. Se logou em cinco computadores ao mesmo tempo, fora o celular. E conseguiu: já tem guardado dois shows em São Paulo e um no Rio. Mas quer mesmo é ir nas seis apresentações.
Outro fã diz que teve que pedir aos avós, com quem morava na quadra, para deixá-lo ir. Na quadra, Renann Faber estava de penalidade e não podia ir a nenhuma sarau. Ele comprou o ingresso com o moeda da mesada sem saber se poderia ir. Na quadra, um sabido de uma amiga do escola vendeu um ticket pois trabalhou nas preparações.
“Eu negociei muito, cheguei a chorar pois era uma oportunidade única. Até inventei que tinha ganhado. Falei para ela flectir o meu penalidade só para me deixar ir.” Assim uma vez que Glenda, ele foi ao hotel para ver Taylor —ou pelo menos tentou. “Eu desci na estação errada do metrô, portanto tive que caminhar mais e não consegui chegar a tempo. Mas valeu a pena”, conta.