Início Saúde Rapamicina ganha popularidade contra envelhecimento – 05/10/2024 – Equilíbrio

Rapamicina ganha popularidade contra envelhecimento – 05/10/2024 – Equilíbrio

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Em março, Robert Berger, 69, autoproclamado porquê “pessoa que vive melhor por meio da química”, começou a tomar uma pequena ração de rapamicina uma vez por semana com o objetivo de aumentar sua “longevidade” —a quantidade de tempo que ele poderia viver sem doenças graves.

A rapamicina é tipicamente prescrita para pacientes de transplante de órgãos para suprimir os sistemas imunológicos. Mas muitos cientistas e entusiastas com a longa vida, porquê Berger, acham que o medicamento pode fazer muito mais do que isso: eles dizem que ele pode atrasar o envelhecimento e doenças relacionadas à idade.

Morador de Saratoga, na Califórnia (EUA), Berger aprendeu sobre a rapamicina por meio de um colega que administra um fórum online para pessoas que experimentam o medicamento, o Rapamycin News. No entanto, desde que experimentou o remédio, diz não ter notado nenhuma mudança considerável, embora tenha se sentido mais disposto e seu dentista tenha comentado que suas gengivas parecem mais saudáveis. Mas ele admite que “é muito difícil expor: quanto custa esse placebo?”

Em podcasts, redes sociais e fóruns dedicados ao antienvelhecimento, a rapamicina é aclamada porquê o “padrão ouro” para extensão da vida. Os influenciadores da longevidade Peter Attia e Bryan Johnson dizem que tomam o medicamento há anos e divulgam pesquisas para seus milhões de seguidores que mostram que o remédio pode estender a expectativa de vida de camundongos em mais de 20%.

Não há dados sobre quantas pessoas usam rapamicina para fins de antienvelhecimento, já que o medicamento é retirado do rótulo ou comprado de fornecedores estrangeiros. Assim porquê Berger, alguns dos outros usuários entrevistados para leste item disseram crer que a rapamicina forneceu benefícios leves, porquê a perda de peso, conforto de dores e sofrimentos ou até mesmo fazer com que seus cabelos escuros voltassem a crescer anos depois de ficarem grisalhos.

Mas enquanto os usuários estão otimistas e a evidência de que a rapamicina pode aumentar a longevidade em animais é promissora, a pesquisa em humanos é tênue e os efeitos colaterais de longo prazo são incertos. Nos poucos estudos em que o medicamento foi comparado a um placebo, benefícios tangíveis são difíceis de obter.

Por que há alvoroço?

Cientistas aprenderam pela primeira vez sobre o potencial de aumento da longevidade da rapamicina, também chamada de sirolimus ou Rapamune, em 2006, quando um estudo mostrou que ela poderia estender a vida útil da levedura. O excitação aumentou três anos depois, quando outro grupo de pesquisadores descobriu que camundongos que receberam o remédio viveram muro de 12% a mais.

Outros medicamentos foram testados quanto às suas possíveis propriedades antienvelhecimento porquê segmento de um programa de pesquisa do Instituto Vernáculo do Envelhecimento (uma filial governamental dos EUA), mas “a rapamicina foi o primeiro que realmente fez diferença na longevidade e na expectativa de saúde em camundongos machos e fêmeas”, diz Dean Kellogg Jr., professor de medicina e geriatria no Meio de Ciências da Saúde da Universidade do Texas, em San Antonio.

Depois disso, vieram estudos em vermes, moscas e mais ratos —quase todos mostrando que a rapamicina prolongava a expectativa de vida.

“A prova de que você poderia obter o mesmo efeito em uma ampla intervalo evolutiva —levedura, vermes, moscas-das-frutas, camundongos— que realmente fez as pessoas acreditarem que isso era um tanto importante e fundamental”, afirma Matthew Kaeberlein, que publicou o primeiro estudo sobre rapamicina em levedura enquanto era pesquisador na Universidade de Washington. (Ele agora é o CEO da Optispan, uma startup de longevidade.)

Dados preliminares apresentados no início deste ano na reunião anual da Associação Americana do Envelhecimento sugeriram que a rapamicina também funciona em primos mais próximos dos humanos: saguis que receberam o medicamento mostraram um aumento de aproximadamente 10% na expectativa de vida. Embora o estudo ainda não tenha terminado, o pesquisador principal, Adam Salmon, professor de medicina molecular também no Instituto de Saúde da Universidade do Texas, afirma que dos seis animais que ainda estão vivos, cinco receberam rapamicina e um, placebo.

Cientistas acreditam que a rapamicina aumenta a expectativa de vida em animais e, talvez, em pessoas também, ao inibir o multíplice mTOR, uma via biológica fundamental que está envolvida em muitos aspectos da saúde celular. A supressão do mTOR desencadeia uma masmorra de eventos dominó, alterando vários processos-chave de maneiras que parecem ser benéficas para a sobrevivência a longo prazo. Por exemplo, parece diminuir a inflamação e apressar um processo de remoção de lixo celular divulgado porquê autofagia.

“Se você observar as características do envelhecimento, poderá encontrar evidências na literatura de que a rapamicina afeta todas elas”, explica Kaeberlein.

Alguns especialistas acreditam que a rapamicina pode retardar o processo de envelhecimento em si; outros acreditam que ela aumenta a longevidade ao atrasar ou mesmo prevenir o início de doenças mortais relacionadas à idade. Por exemplo, a inflamação está ligada ao diabetes e às doenças cardiovasculares, sem mencionar dores e sofrimentos gerais, portanto reduzi-la é considerado amplamente profícuo. E é concebível que aumentar a autofagia possa ajudar a limpar proteínas tóxicas que começam a se apinhar com a idade —porquê amiloide e tau, que são amplamente consideradas causadoras da doença de Alzheimer.

Funciona em humanos?

Anthony Holman, 54, já havia ladino o jejum para tentar otimizar sua saúde, mas “porquê se vê”, ele disse, “eu sabor de manducar”. Tapume de dois anos detrás, ele se deparou com uma pesquisa que sugeria que a rapamicina tem alguns dos mesmos efeitos biológicos do jejum. Naquela era, ele também descobriu que carrega uma traslado de um gene que aumenta seu risco de doença de Alzheimer. Motivado a fazer tudo o que podia para tentar evitar o problema, ele procurou uma receita para rapamicina em uma clínica de medicina de longevidade.

Posteriormente tomar uma pequena ração semanal por aproximadamente 15 meses, Holman diz não ter sentido muitas mudanças, positivas ou negativas, embora tenha notado uma subtracção sutil nas dores e sofrimentos diários. “É quase porquê tomar vitaminas”, afirma. “Você não toma vitaminas porque espera qualquer favor inesperado. Você as toma para, esperançosamente, ver um favor ao longo do tempo.”

Ainda não se sabe se as pessoas terão qualquer favor a longo prazo: os resultados de alguns estudos conduzidos em humanos foram muito menos claros do que as pesquisas em outros animais.

A evidência mais poderoso, de conformidade com os entusiastas da rapamicina, não é uma invenção abrangente sobre uma vida mais longa e saudável. É um estudo de 2014 no qual adultos com 65 anos ou mais que tomaram outro inibidor de mTOR, chamado everolimus, tiveram uma resposta de anticorpos mais robusta à vacina contra a gripe do que aqueles que receberam um placebo. A promessa dessas descobertas é limitada, mas não sem valor: normalmente, o sistema imunológico declina com a idade. A maior resposta à vacina implica que o medicamento neutralizou esse efeito.

“Isso realmente sugeriu que, em humanos, esses medicamentos, inibidores de mTOR, podem melhorar um tanto que fica prejudicado em adultos mais velhos”, explica Adam Konopka, professor assistente de geriatria e gerontologia na Universidade de Wisconsin, que não estava envolvido na pesquisa.

Estudos subsequentes produziram resultados mistos, e muitos envolveram um pequeno número de participantes e períodos de tempo que os especialistas disseram serem muito curtos para realmente instituir muita coisa.

O estudo mais recente, que ainda não foi revisado por pares, é um dos maiores até o momento e foi levado pela AgelessRx, uma farmácia online que vende uma ração baixa de rapamicina para fins de longevidade. Nele, mais de 100 pessoas tomaram rapamicina ou um placebo uma vez por semana por quase um ano. Não houve diferenças clinicamente significativas em termos de benefícios físicos ou efeitos colaterais negativos entre os grupos, embora as pessoas que tomaram rapamicina tenham relatado sentir que sua saúde havia melhorado em universal ao longo do estudo.

Quando divididos em subgrupos, o punhado de pessoas que tomou a ração mais subida viu alguns benefícios adicionais: os homens apresentaram aumento na densidade óssea e as mulheres tiveram aumento na volume muscular magra; as mulheres também disseram que sentiram menos dor do que antes.

“Nós vemos algumas pessoas que se beneficiam muito”, afirma Stefanie Morgan, vice-presidente de pesquisa e ciências aplicadas da AgelessRx. Mas outras “não se beneficiam de veste.”

Um pequeno estudo publicado por Kellogg, em 2018, mostrou que adultos com 70 anos ou mais que tomaram uma ração diária de rapamicina por oito semanas também não viu benefícios claros do medicamento. No entanto, o grupo de tratamento experimentou um ligeiro aumento em um marcador de resistência à insulina em conferência com adultos que receberam um placebo —um tanto que pode ser motivo de preocupação, mormente entre pessoas que já lutam para manter o açúcar no sangue sob controle. Curiosamente, algumas das pessoas que tomam rapamicina sem indicação (incluindo Berger) relataram um efeito paralelo semelhante; outras viram um aumento em seus níveis de colesterol.

Especialistas disseram que não é surpreendente que haja poucos, se houver, benefícios imediatos em tomar rapamicina —e acrescentaram que isso não significa necessariamente que o medicamento não esteja funcionando. Em animais mais velhos, a rapamicina parece “prevenir e preservar coisas” em vez de rejuvenescê-las, afirma Salmon. “Logo, a menos que você esteja fazendo um estudo humano de longo prazo observando a preservação da saúde”, você não deve esperar ver melhorias significativas.

É difícil e custoso fazer um estudo de longevidade de décadas em humanos. Em vez disso, os cientistas estão lançando novos ensaios clínicos para observar porquê a rapamicina afeta doenças relacionadas à idade, incluindo Alzheimer, muito porquê marcadores biológicos do envelhecimento.

Se os cientistas puderem usar a rapamicina para “melhorar os diferentes índices que se tornam prejudicados com o envelhecimento, portanto isso pode ajudar a servir porquê um proxy da extensão da saúde”, diz Konopka, que está conduzindo um tentativa médico testando o everolimus, o outro inibidor do mTOR.

É seguro testar rapamacina?

Embora alguns cientistas entrevistados para leste item tenham dito que tentaram tomar rapamicina, a maioria afirmou estar esperando por mais estudos em humanos para esclarecer não exclusivamente os benefícios, mas também os riscos.

Nas pesquisas conduzidas até agora, náuseas e feridas na boca foram os efeitos colaterais mais comuns, embora também haja relatos de aumento do colesterol e insensibilidade à insulina.

“A maneira porquê as pessoas estão usando rapamicina sem receita hoje —que é principalmente uma vez por semana, não em doses super altas— tem riscos são muito baixos”, afirma Kaeberlein, que tomou rapamicina. Mas, ele acrescentou, eles não são zero.

A maior preocupação, considerando que a rapamicina é mais comumente usada para prevenir a repudiação de transplantes de órgãos, é que o medicamento pode prejudicar o funcionamento imunológico das pessoas e, portanto, aumentar o risco de infecções e doenças.

Pacientes transplantados que receberam a récipe do medicamento tomam uma ração maior do que aqueles que o tomam para envelhecimento, e não houve indicações sérias de supressão imunológica nos estudos de longevidade humana conduzidos até agora. Mas é concebível que uma ração baixa ainda possa fazer com que as pessoas tenham mais infecções, ou infecções mais graves, particularmente entre aquelas com condições de saúde subjacentes, afirma Andrew Dillin, professor de biologia molecular e celular na Universidade da Califórnia, Berkeley, que é profissional em envelhecimento.

“Vamos ver, pegar um tanto que é aventuroso, que não vai trazer benefícios?”, completa Dillin. “Eu passo.”

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