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Orgãos com HIV: Faculdade não reconhece diploma – 14/10/2024 – Equilíbrio e Saúde

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A Faculdade Unopar informou nesta segunda-feira (14) que não reconhece o diploma de biomedicina da técnica em patologia clínica Jacqueline Iris Bacellar de Assis, 36, que teria assinado laudos no laboratório PSC Lab Saleme, que está sob investigação por exprimir exames com falsos negativos para HIV no Rio de Janeiro.

O atestado de formação foi apresentado pelo laboratório, que afirma ter recebido o documento de Jacqueline no momento de sua contratação. A técnica, por sua vez, afirma desconhecer o documento.

Os laudos emitidos na clínica resultaram na infecção por HIV de seis pacientes que receberam transplantes no estado do Rio. O laboratório está sob investigação e Jaqueline de Assis está foragida.

O PSC Lab Saleme afirmou que a técnica “informou ao laboratório diploma de biomédica e carteira profissional com habilitação em patologia clínica”. A clínica enviou o print de uma conversa com Jaqueline em que ela teria enviado o diploma da Unopar.

Procurada pela Folha, a instituição negou a formação acadêmica da investigada. “A Unopar não emitiu certificado de desenlace de curso de graduação, de qualquer natureza, para a Jacqueline Iris Bacellar de Assis.”

A resguardo da profissional também afirmou que ela “não trabalhou uma vez que biomédica”, que “não tem capacidade técnica e nunca teve interesse na função” e que não reconhece o diploma citado pelo laboratório, pois a funcionária “não cursou ou tem a faculdade de biomedicina”.

O CRF-RJ (Parecer Regional de Farmácia do Rio de Janeiro) afirma que a técnica em laboratório possui letreiro ativa uma vez que profissional de nível médio. Para assinar laudos, no entanto, o recomendação diz que é preciso ter uma formação acadêmica de nível superior.

Em entrevista à Folha antes de ser declarada foragida, a profissional disse que começou a trabalhar no sítio uma vez que supervisora administrativa em outubro de 2023 e que não assinava laudos. Segundo ela, seu nome estaria sendo usado uma vez que “laranja”.

“Só quem tinha o poder de vincular meu nome a um fiscalização eram eles [os responsáveis pelo laboratório]. Qual o interesse em colocar meu nome uma vez que laranja?”, questionou Jacqueline, acompanhada do legisperito, José Félix.

O nome da técnica aparece na assinatura de um dos laudos de uma mulher de 40 anos que morreu no Hospital Municipal Albert Schweitzer, na zona oeste da cidade, depois ter os rins e fígado transplantados em maio. Em outubro, um dos receptores apresentou sintomas e recebeu resultado positivo para infecção por HIV.

“O que eu fazia em relação a esses laudos era uma conferência para verificar se estava tudo digitado corretamente, se a pontuação estava certa, porque havia laudos que precisavam de vírgula e não de ponto, por exemplo. Eu fazia essa conferência antes de enviar para os médicos liberarem”, explicou.

Nesta segunda-feira (14), a Polícia Social informou que o PCS Lab Saleme operava com redução do controle de qualidade para obter lucro.

“Houve uma quebra do controle de qualidade para a maximização de lucro, deixando de lado os reagentes que precisam ser analisados sistematicamente”, afirmou André Neves, diretor universal do departamento de Polícia Especializada do Rio, em entrevista coletiva a jornalistas.

Segundo o mandatário, houve uma regra para que a estudo dos reagentes, que deveria ser diária, passasse a ser semanal. “Assim, diminuíram o controle e assumiram, com essa vácuo, a chance de ter uma irregularidade”, acrescentou.

Uma operação da Polícia Social do Rio que tem o objetivo de identificar os responsáveis pela emissão dos laudos errados cumpriu 11 mandados de procura e inquietação e quatro de prisão na cidade do Rio e em Novidade Iguaçu, na Baixada Fluminense.

Foram presos o médico ginecologista Walter Vieira, um dos sócios do laboratório, e o responsável técnico pelos laudos, Ivanilson Fernandes dos Santos. Gabriele Pereira, advogada de Ivanilson, assim uma vez que Afonso Destri, protector de Walter Vieira, afirmaram que só irão se posicionar depois terem conhecimento do sindicância.

Além de Jacqueline, o técnico de laboratório Cleber de Oliveira Santos também está homiziado. O legisperito da técnica em patologia, José Félix, no entanto, afirmou que ela vai se entregar ainda nesta segunda.

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