Uma novidade estudo dos dados de um grande experimento galeno com idosos saudáveis encontrou taxas mais altas de sangramento cerebral entre aqueles que tomaram aspirina em baixas doses diariamente, e nenhuma proteção significativa contra derrame.
A estudo, publicada na quarta-feira (26) na revista médica Jama, é a mais recente evidência de que a aspirina tomada em baixa ração, que retarda a ação de coagulação das plaquetas, talvez não seja apropriada para pessoas que não têm histórico de problemas cardíacos ou sinais de alerta de derrame. Pessoas mais velhas propensas a quedas, que podem ocasionar hemorragias cerebrais, devem ser mormente cautelosas ao tomar aspirina, sugerem os resultados.
Os novos dados confirmam a recomendação da Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos, finalizada no ano pretérito, de que a aspirina em baixa dose não deve ser prescrita para prevenir um primeiro ataque cardíaco ou derrame em idosos saudáveis.
“Podemos ser muito enfáticos ao expor que pessoas saudáveis que não tomam aspirina e não têm múltiplos fatores de risco não devem estrear agora”, disse Randall Stafford, professor de medicina e pesquisador de saúde pública da Universidade de Stanford, que não participou do estudo.
Ele reconheceu, entretanto, que a decisão é menos clara para pessoas que não se encaixam nessa descrição.
“Há quanto mais tempo você toma aspirina e quanto mais fatores de risco tem para infartos e derrames, mais obscuro fica”, disse ele.
Para a maioria das pessoas que já sofreu ataque cardíaco ou derrame, a aspirina diária deve continuar sendo uma secção importante de seus cuidados, disseram especialistas cardíacos e de derrame em entrevistas.
A novidade estudo usou dados do “Aspirin in Reducing Events in the Elderly” [Aspirina na redução de eventos em idosos], ou ASPREE, um estudo de controle randomizado de aspirina tomada em baixa ração diária por moradores da Austrália e dos Estados Unidos. Os 19.114 participantes eram adultos com mais de 70 anos sem qualquer doença cardiovascular sintomática. (Qualquer pessoa com histórico de derrame ou ataque cardíaco foi excluída do estudo.)
O objetivo era revelar nuances nos dados para abordar o difícil estabilidade que os médicos enfrentam na prevenção de coágulos e sangramentos em pacientes idosos. A justificativa era que o estabilidade entre riscos e benefícios da aspirina pode mudar à medida que as pessoas envelhecem. Os derrames se tornam mais frequentes devido a coágulos, muito porquê a pequenos vasos sanguíneos que se tornam mais frágeis com o tempo, e pessoas mais velhas podem ter maior verosimilhança de traumatismo craniano causado por quedas.
O estudo designou aleatoriamente 9.525 pessoas para tomar doses diárias de 100 miligramas de aspirina e 9.589 pessoas para tomar pílulas de placebo correspondentes. Nem os grupos nem os pesquisadores sabiam quem estava tomando cada tipo de pílula. O estudo acompanhou os participantes por 4,7 anos em média.
A aspirina pareceu reduzir a ocorrência de acidente vascular cerebral isquêmico —um coágulo num vaso que fornece sangue ao cérebro—, embora não significativamente. Os pesquisadores descobriram um aumento significativo (38%) de sangramento intracraniano entre as pessoas que tomaram aspirina diariamente, em conferência com as que tomaram uma pílula de placebo diariamente.
Cardiologistas que não participaram do estudo elogiaram seu tamanho e design rigoroso, em que os especialistas revisaram os registros médicos e caracterizaram os eventos manualmente, em vez de encarregar nos resultados relatados pelos pacientes. Mas eles notaram que a taxa de derrames foi baixa em ambos os grupos, tornando difícil extrapolar os resultados. O cláusula não incluiu uma estudo sobre infartos.
Quando um estudo sai, você deve se perguntar: porquê eu me encaixo na população deste estudo? Se você já teve um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, as descobertas deste estudo não se aplicam
Eles também questionaram porquê as descobertas se aplicariam à população diversificada dos Estados Unidos, já que a maioria dos participantes estava na Austrália e 91% deles eram brancos.
No pretérito, alguns médicos consideravam a aspirina uma espécie de droga milagrosa, capaz de proteger pacientes saudáveis contra um horizonte infarto ou derrame. Mas estudos recentes mostraram que a poderosa droga tem poder protetor restringido entre as pessoas que ainda não tiveram tal evento, e inclui perigosos efeitos colaterais.
A Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos EUA recomendou no ano pretérito que a maioria das pessoas que nunca teve um ataque cardíaco ou derrame não começasse a tomar aspirina em baixas doses, devido ao risco de hemorragia interna. O Escola Americano de Cardiologia divulgou rapidamente uma enunciação, reiterando que a recomendação “não se aplica a pacientes com histórico anterior de infarto, derrame, cirurgia de ponte de safena ou procedimento recente de stent”.
Ainda assim, alguns pacientes com AVC pareceram interpretar mal a orientação. Em entrevistas, vários cardiologistas disseram que pacientes que claramente precisavam de aspirina pararam subitamente de tomá-la e acabaram na sala de emergência com um segundo derrame.
Ninguém deve parar de tomar aspirina sem consultar um médico, eles disseram.
“Quando um estudo sai, você deve se perguntar: porquê eu me encaixo na população deste estudo?”, disse Shlee S. Song, diretora dos Programas Abrangentes de Derrame e Telestroke no Cedars-Sinai. “Se você já teve um ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, as descobertas deste estudo não se aplicam.”
Em uma entrevista no ano pretérito, Song, que supervisiona os programas de AVC em quatro hospitais de Los Angeles, pediu aos pacientes que não abandonassem o medicamento. Ela disse que levante estudo não mudou sua opinião.
“Há muito soído por aí”, explicou. “No final das contas, essas coisas precisam ser conversadas com um médico que conheça sua história específica.”
Tradução de Luiz Roberto M. Gonçalves
