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Cenário de ‘Rocky’, Filadélfia é destino para amantes de arte e história – 17/05/2023 – Turismo

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Mais de 45 anos se passaram desde que Rocky Balboa subiu correndo triunfante as escadarias do principal museu de arte da Filadélfia no filme “Rocky” (1976). Num final de tarde de verão, atletas locais e turistas repetiam o feito, terminando os 72 degraus com os braços levantados, prontos para a foto perfeita.

Toda sexta-feira e no primeiro domingo do mês, o Philadelphia Museum of Art tem ingressão gratuita depois das 17h. É quando muitos terminam a corridinha cinematográfica e vão parar numa longa fileira para entrar ali.

Philly, sobrenome da cidade de 1,5 milhão de habitantes, está no imaginário dos cinéfilos por conta do pugilista, mas também está no planta dos entusiastas da arte, em privativo dos devotos de Marcel Duchamp (1887-1968), um dos artistas mais radicais do início do século 20.

O museu tem a maior coleção de obras de Duchamp do mundo, graças à doação em 1950 do colecionador americano Walter Conrad Arensberg (1878-1954), camarada e patrono de Duchamp, que se mudou para os EUA em 1915.

Gente do mundo todo faz viagem ao Philadelphia Museum of Art para saber seu último e mais misterioso trabalho, “Étant Donnés“, visto exclusivamente por meio de dois buraquinhos numa porta de madeira, praticamente escondida no museu. Detrás dela, está o corpo de uma mulher na grama segurando uma lamparina, talvez descansando ou talvez mutilada. Seu torso foi fundamentado na namorada de Duchamp, a escultora brasileira Maria Martins (1894-1973).

“Étant Donnés” foi criada em sigilo ao longo de mais de 20 anos no estúdio do artista em Novidade York, quando seus amigos acreditavam que Duchamp havia desistido das artes para se destinar ao xadrez. Um ano posteriormente sua morte, usando instruções detalhadas deixadas pelo próprio artista, o museu instalou a obra de maneira permanente, negando qualquer pedido de empréstimo.

Também “O Grande Vidro”, outro trabalho marcante de Duchamp dos anos 1920, não deixa o museu, embora existam réplicas que circulam por exposições internacionais. “A Manadeira” (1917), seu famoso urinol de porcelana e um dos símbolos do dadaísmo, foi destruído, mas o museu guarda a réplica mais antiga feita por Duchamp, assim uma vez que outras obras importantes, uma vez que sua escandalosa pintura “Nu Descendo a Escada” (1912).

O Philadelphia Museum of Art é moradia também da maior coleção do estatuário Auguste Rodin fora de Paris e exibe obras de Monet, Léger, Van Gogh, Turner e Rubens. Ao final do passeio, não esqueça de visitar a estátua de Rocky do lado esquerdo ao termo da escadaria (ou recta para quem sobe).

Assim uma vez que é preciso viajar a Philly para ver “Étant Donnés”, só na cidade é verosímil ver as obras da Barnes Foundation, que nunca deixam a instituição ou mesmo as salas para as quais foram designadas por seu fundador, Albert C. Barnes (1872-1951), um químico colecionador de arte.

Em quatro décadas, ele adquiriu 181 trabalhos de Renoir, formando a maior coleção do artista francesismo no mundo. Fez o mesmo com Cézanne, do qual o museu possui o recorde de 69 obras, incluindo “Os Jogadores de Cartas”.

O espaço é uma rara experiência museológica: Barnes gostava de pendurar as obras nas paredes misturando períodos, uma vez que quadros impressionistas ao lado de arte medieval, além de combinar tudo com mobiliário de era e trabalhos feitos em metal, uma vez que espátulas e dobradiças de portas. Assim, criava grandes arranjos simétricos de entendimento com suas cores, luzes e linhas, princípios que ele chamava de “linguagem universal da arte”. Os trabalhos não têm legendas: é preciso seguir com um panfleto separado.

Os quadros são exibidos exatamente do jeito que Barnes deixou ao morrer, em 1951. Em 2012, foram transferidos para um novo espaço da instalação, mantendo a ordem original.

Assim uma vez que outras cidades da costa leste americana, a Filadélfia tem muita história para descrever sobre a instalação dos EUA. Foi cá que os “pais fundadores” se encontraram para debater e assinar a Enunciação de Independência em 1776 e, uma dezena depois, para ortografar a Constituição do país.

O salão onde os representantes das 13 colônias americanas se encontraram para selar o porvir da região fica no Independence Hall, um prédio de tijolinhos cuidadosamente conservado. A visitante é gratuita e acontece sempre com um guia.

Referências a Benjamin Franklin (1706-1790) também ajudam a relembrar o pretérito histórico da região. Um museu devotado a sua vida fica ao lado do terreno onde foi sua moradia e de uma oficina gráfica recriada do século 18, que mostra uma vez que eram feitos os panfletos políticos da era, uma especialidade de Franklin.

Mas Philly não cheira a naftalina. Finalmente, foi cá que David Bowie (1947-2016) escolheu para gravar secção de seu álbum “Young Americans” (1975), no Sigma Sound Studios. Infelizmente, o estúdio não teve a mesma sorte dos prédios históricos e hoje resta exclusivamente uma placa no sítio.

A cidade vibra com dezenas de cervejarias, uma vez que a Evil Genius Beer Company, e casas especializadas em sidra, uma vez que a Original 13 Ciderworks, além do Barcade, onde dá para tomar cerveja e sidra e jogar nas mais de 60 máquinas de fliperama.

Para testar o famoso philly cheesesteak, sanduíche com fatias finas de bife e queijo liquefacto, a melhor pedida é se perder no Reading Terminal Market, um mercado indoor histórico, que data do final do século 19. Entre os vendedores de comida sítio, a Miller’s Twist vende um cheesesteak dissemelhante, enrolado num pretzel quentinho, que derrete na boca. Um viva à liberdade culinária.

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