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Aruba, aquela ilha no Caribe, é tudo o que dizem. Só de pisar na areia branquinha do lugar, olhando o mar azul Hollywood, vem a sensação de que você enricou. Sobra luxo. No setor hoteleiro, é um desfile de marcas. Hytt, Barceló, Hilton, Renaissance, com cassinos. Há lojas Prada, Gucci e Louis Vuitton, só para reportar as mais conhecidas.
Talvez seja o choque de opostos que deixe o gringo com rostro de espanto quando cruza a espaço da capital Oranjestad dedicada aos desfiles do Carnaval lugar. É um Carnaval tão raiz e popular que até nós, brasileiros, esquecemos porquê é isso.
Em Aruba, não existem bloquinhos de rua ou sambódromos com ingresso caríssimo. É zero muvuca. Não tem cheiro de xixi ou lixo etílico. Ninguém usa fantasia. Todos, no entanto, se divertem com inesperado despojamento.
O cidadão lugar sai de lar para ver desfiles. Leva a sua cadeirinha portátil e um cooler fornido. Vão pai, mãe, tios, avós e a criancice toda. Se for dia, alguns agregam o sombra ao combo. Uma vez que cá, os termômetros emplacam fácil 30 graus, mas o sol sapeca muito mais rápido.
A maioria se acomoda na passeio, detrás de faixas de isolamento —quando há isolamento. Não existe aquela grade hostil para rebanho que se tornou generalidade nos carnavais brasileiros.
Muitos levam caixas de som e ligam no sumo antes de o desfile encetar. A cada trecho da plateia é uma batida caribenha diferente. Basicamente, o Carnaval é embalado por tumba, soca rei e calypso, e uma de suas variantes, o road march.
Uma vez que o nosso samba, a origem é afro. Apesar de terem tambores tradicionais, também usam o steelpan, tambor de aço com som de xilofone.
O professor e pesquisador do Instituto Pedagógico Arubano, Gregory Richardson, tem tese de doutorado sobre o Carnaval lugar e detalha a construção desses gêneros musicais. Na sua avaliação, são formas de subversão e resistência cultural dos ex-escravos.
Para os ouvidos toscos, é tudo igual, mas cada som tem uma batida privado. O músico Richard Tattoo Quanti se orgulha de ser atualmente o único interprete capaz de trovar os três gêneros.
Definir o ritmo cá por escrito é difícil, mas mentalize o som da margem paraense Calypso, misture os baianos Axé e Olodum, jogue ao fundo a batida fina do steelpan. É por aí.
Vai ser impossível entender a letra. Os grupos cantam em papiamento, linguagem nascido e criado na região, com statu de língua solene em Aruba. Ela é uma miscigenação vocal.
Lá detrás, os escravos adotaram uma língua crioula, que juntava português e espanhol do colonizador. Desde 1636, Aruba faz secção do reino dos Países Baixos, vulgo Holanda, e o holandês é ensinado nas escolas. Uma vez que vive do turismo, o arubano fala inglês. O papiamento mistura essas falas.
Nos desfiles, todo mundo leva um copinho. No caso dos infantis, é hidratação mesmo, com chuva e sucos. O teor para adultos é um mistério. Pode ter qualquer birita. Os blocos têm a fileira do open bar. Os mais abastados chegam a ter três carros para bares. Muitos empurram as bebidas em carrinho de mão no meio da avenida.
Os passistas vão no remelexo até o balcão e reabastecem o copo enquanto evoluem na avenida. São cenas impagáveis.
Apesar de ter competição nos desfiles, os critérios são muito mais soltos que os do nosso Carnaval. É quase norma que os passistas abandonem a formação para abraçar familiares e amigos que assistem a paragem. É confraternização em estado puro.
Não há apelo à sensualidade, com bundas e peitos turbinados. Desfilam pessoas de todas as idades e tipo físicos.
No sábado de pré-Carnaval ocorre a Lightning Parade, ou Desfile de Luzes. Carros e fantasias piscam ao longo dos cinco quilômetros de avenida. Cada fantasia tem uma mini bateria que dura até cinco horas. A audiência acompanha. Usa copos, pulseirinhas, chapéus, qualquer coisa luminosa. Alguns se enrolam nas luzinhas.
É um espetáculo popular à secção e muito dissemelhante do que se vê por cá.
O nativo de Aruba fala com excitação que o seu Carnaval é igual ao do Brasil, só que menor. A graduação é incomparável. O Brasil tem 200 milhões de habitantes, Aruba, 107 milénio.
Vamos ser justos. Mesmo com todas as diferenças, há similaridades. As indumentárias e os carros alegóricos dos desfiles são iguais. Tanto é logo que não é verosímil identificar se um passista é de Aruba ou do Brasil nas fotos oficiais da ilhota.
A grande semelhança, no entanto, é a espírito carnavalesca.
A dedicação, o paixão e o orgulho em colocar o conjunto na rua não devem zero aos sentimentos que movem escolas cariocas, artesãos de Olinda ou oficinas de Salvador. A família Oderber e Flemming é um exemplo disso.
Seguindo a tradição de três gerações, passou janeiro trabalhando na construção de um carruagem emblemático para a paragem infantil. A produção ocorreu em lar e custou US$ 15 milénio, quase R$ 75 milénio. Metade veio de contribuições, mas a outra metade, do orçamento familiar. Gilliany Oduber, que trabalha com vendas e marketing do hotel Ritz-Carlton, conta com um sorriso largo que vale a pena manter a tradição e ver os filhos Brayden e Melía no desfile.
O Carnaval de Aruba completou 70 anos neste 2024. A ATA (Poder do Turismo de Aruba) reforçou o trabalho para integrar a folia ao turismo. A vantagem é que a sarau é mais longa. Começa logo depois o Dia de Reis, em 6 de janeiro, e segue até Terça-feira Gorda.
Para quem não abre mão do Carnaval no Brasil, vale explorar essa pré-folia esticado. Por ter dias e locais específicos, será sempre um suplementar, que não se confunde com a rotina de outras atrações caribenhas.
O Fakkel Optocht ou o Desfile de Tochas abre a temporada. A agenda segue com festas semanais, por um, dois ou três meses. O calendário muda anualmente por ser ajustado às comemorações da Semana Santa.
Os desfiles também ocorrem em San Nicolás, bairro que recebeu a maioria dos africanos e é considerado o causa do Carnaval.
Nas duas semanas que antecedem a folia, também tem, ao anoitecer, a Sunset Parade, em Noord, perto da zona hoteleira de Palm Beach. Os organizados explicam que o desfile é menos superabundante, mas não importa. O turista pira fazendo selfie com o por do sol que parece pintado a mão.
Também tem J’ouvert Morning, Sarau do Pijama. Nesse caso, começa de madrugada, e a pândega é ver o sol nascer. Para fechar os festejos, a ilhota faz, depois o grande desfile de fechamento, a queima simbólica do Rei Momo. É a cinza do término para que haja o próximo Carnaval brilhe.
ILHA NO DETALHE
Aruba está localizada a 25 km da costa da América do Sul e fora do cinturão de furacões. Oferece 360 dias de sol com temperatura média de 28 graus. O clima lembra o bravio nordestino. O cactos é uma vegetal corriqueira na paisagem.
As praias têm águas transparentes que, de longe, produzem aquela visão de azul profundo, a marca dessa ilhota caribenha.
Em 2023, Eagle Beach foi apontada pelo Travellers’ Choice do Tripadvisor a melhor praia do Caribe e a segunda do mundo, depois de Baía do Sancho, em Fernando de Noronha.
Baby Beach e Arashi também entraram no ranking de praias do Caribe nas posições #19 e #23, respectivamente.
Murado de 20% da ilhota pertence ao Parque Vernáculo Arikok, uma espaço protegida com fauna e flora desértica, cavernas com pinturas rupestres e praias muito diferentes das encontradas na zona hoteleira.
Não faltam opções esportivas. É verosímil caminhar de buggy, jet sky, fazer kite surfing e passear de embarcação. A culinária lugar é rica, as opções de drinks, diversificadas e saborosas. Há hotéis e vilas premiados.
Aruba importa quase tudo, inclusive os saborosos camarões gigantes que estão em pratos de vários restaurantes. As estrelas da produção lugar são os sabonetes, xampus, cremes e outros cosméticos a base de aloe vera, cultivada e processada quase artesanalmente, e as cervejas Balashi, feitas com chuva do mar dessalinizada.
Apesar de a moeda lugar ser o florin arubano, até cardápio de hamburgueria está em dólar americano.
O turista tem opções de voos diários para Aruba operados pela Avianca (via Panamá), Despensa Airlines (por Bogotá) e Latam (Lima).
Cá vale um spoiler ambiental. Os famosos flamingos rosas ficam em praia privada. É preciso remunerar para vê-los. Uma vez que não são naturais da ilhota, suas asas são podadas para que não possam voar. Por sua vez, diferentes espécies de tartarugas frequentam Aruba para se reproduzirem livremente.
A jornalista viajou a invitação da Poder Turismo de Aruba
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