Dermatologista explica uma vez que proteger a pele dos danos causados pela exposição à radiação UVA
Muitas mulheres têm almejado unhas bonitas, longas e brilhantes. Nesse contexto, as unhas em gel e os esmaltes em gel têm ganhado popularidade devido à sua duração e à menor premência de manutenção e cuidados. No entanto, pode ter riscos relacionados à prática.
Recentemente, a Liceu Pátrio de Medicina da França emitiu um alerta preocupante: a técnica de secagem utilizada nesse processo requer o uso de um equipamento que emite luz de LED UVA, o que pode aumentar o risco de desenvolvimento de cancro de pele.
“O princípio ativo responsável por endurecer a unha em gel é ativado pela luz de LED UVA. No entanto, a exposição repetida a esse tipo de radiação gera radicais livres e danos no DNA das células da pele, assim induzindo mutações relacionadas ao desenvolvimento de tumores cutâneos, uma vez que o carcinoma”, explica a dermatologista Dra. Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Proteja-se com o uso do protetor solar
Segundo a perito, além do aumento do risco de cancro de pele, a exposição à radiação UVA também acelera o surgimento precoce de sinais da idade na região. Isso porque há a degradação das fibras de colágeno e elastina, responsáveis pela firmeza e flexibilidade do tecido cutâneo.
“Para prevenir qualquer problema, é fundamental que, meia hora antes, você aplique nas mãos um protetor solar com FPS 30, no mínimo. Dessa forma, a pele da mão estará protegida da radiação UVA das cabines de unha”, aconselha a Dra. Paola, que ainda explica que, idealmente, o protetor solar deve ser aplicado nas mãos diariamente para também proteger a pele da região da radiação solar. “Nesses casos, é fundamental que o resultado seja reaplicado a cada 2 horas”, aponta.
Por quanto tempo usar as unhas de gel?
A Dra. Paola Pomerantzeff alerta que manter as unhas em gel por longos períodos uma vez que forma de reduzir a utilização dessas cabines com luz UVA não é uma boa solução. A duração da unha em gel é de 15 dias, mas é generalidade serem utilizadas por períodos maiores, às vezes até um mês. Porém, esse hábito pode prejudicar a saúde da unha originário, tornando-a ressecada e enfraquecida.
O recomendado é manter a unha em gel por unicamente 15 dias e, depois tirar, não reaplicar imediatamente. “Deixe a unha ‘respirar’ por tapume de 15 dias ou, no mínimo, uma semana, período durante o qual hidratações são mais do que bem-vindas. Para isso, existem produtos específicos para as unhas, mas você também pode utilizar o próprio hidratante de mãos”, evidencia a médica.
Fique atilado aos sinais
A Dra. Paola Pomerantzeff relembra a preço da realização regular do autoexame da pele, não unicamente das mãos, mas do corpo todo. “O autoexame contribui para o diagnóstico precoce do cancro de pele, o que aumenta consideravelmente as chances de sucesso do tratamento”, afirma.
Por isso, fique atilado às pintas que se enquadram na regra ABCDE:
- A de Assimetria, quando os dois lados da lesão, quando dividida ao meio, são diferentes;
- B de Borda irregular, quando a pinta não tem um formato definido;
- C de Cor, já que pintas suspeitas têm tons mais escuros e mais claros na mesma lesão;
- D de Diâmetro, se a pinta tiver mais de 6mm;
- E de Evolução irregular, que pode ser uma modificação no prolongamento, modificação da cor e formato, prurido ou sangramento.
Ao notar lesões que se enquadrem em qualquer uma dessas especificações, o mais importante é consultar um dermatologista para receber o diagnóstico e o tratamento adequados.
Por Paula Amoroso