É indumentária que a terapia canábica virou sinônimo de CBD (Canabidiol), apesar de não ser a única substância da vegetal, unicamente a mais pesquisada e popular entre os pacientes – principalmente na forma de gotas. A Cannabis tem mais de 150 elementos, que interagem entre si, e dependendo do tratamento, juntos produzem efeito mais rápido no organização. Por isso, há casos em que os médicos indicam as flores no lugar do óleo.
A eficiência das flores é inegável, tanto que a Anvisa (Filial de Vigilância Sanitária) tem uma portaria específica (RDC 660), que autoriza a importação individual delas. Recentemente, essa possibilidade terapia virou escopo de discussão, entre os empresários do setor, que se acham prejudicadas por casos de prática proibido.
O grande insatisfação é a quantidade de anúncios irregulares nas redes sociais, que acenam com a possibilidade da importação de flores, por meio da RDC nº 660, para uso recreativo, apesar de a permissão valer unicamente para o medicinal.
Em nota a BRCann (Associação Brasileira da Indústria da Cannabis) já havia expressado preocupação no início do mês: “No contexto do uso recreativo, vale ressaltar que o que nos preocupa, de forma concreta e urgente, é o aparente ramal de finalidade da RDC nº 660/2022, da Anvisa, no que se refere à importação de flores de Cannabis com receita médico”.
Essa semana a entidade voltou a discutir o tema, que, de indumentária, divide o grupo. De um lado, há integrantes que não trabalham com a importação de flores, mas com o óleo de CBD, e lutam pela queda da portaria, uma vez que esse tipo de ramal de conduta, compromete a imagem do setor, em universal. De outro, um grupo mais moderado, que trabalha com CBD e flores, que pede unicamente mais fiscalização.
Essa semana, todos os tipos de boato foram ventilados. Falou-se desde inquietação policial de flores de Cannabis em empresas medicinais até cancelamento da 660. A Anvisa negou a possibilidade de os pacientes perderem essa via de entrada, mas em nota destacou a possibilidade de aprimoramento do regulatório.
Quando procurada pelo Cannabis Inc, a sucursal respondeu: “Não obstante, essa norma, porquê todas as demais regulamentações da Anvisa, está inserida em um contexto de ordenado aprimoramento do regulatório, o que está de entendimento com o papel da sucursal de proteção e promoção da saúde da população, mediante a mediação nos riscos decorrentes da produção e do uso de produtos e serviços sujeitos à vigilância sanitária.”
Vale ressaltar que ramal de finalidade só pode ser combatida com fiscalização rígida e não com medidas que acabem com conquistas importantes dos pacientes na procura pelo recta ao tratamento.
“O pico do medicamento tomado via verbal se dá em meia hora”, diz Francisney Promanação, professor de Farmacologia Clínica da Unila. “Quando a Cannabis é inalada ou fumada, a ação é praticamente instantânea, o que ajuda muito no tratamento da dor e da epilepsia.” Segundo ele, além de ser mais rápida, essa via de governo também possibilita uma graduação mais exata da ração necessária.
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