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A Tertúlia Legislativa do Estado de Goiás (Alego) sediou na terça e quarta-feira (12 e 13), uma mostra do cluster de joias, de produtos dos grupos de artesãos de Pirenópolis, Cristalina e Campos Verdes atendidos pelo Sebrae dentro do programa de Indicações Geográficas (IG). Também foram realizadas palestras e exposições em estandes de empresas do setor de mineração. A iniciativa fez secção da programação do Projecto Estadual de Recursos Minerais (PERM-GO), dentro do evento “Construindo a Política Mineral Goiana”, do projeto Minera GO.

Na quarta, o comentador João Luiz Rabelo, gestor de Igs do Sebrae Goiás, contribuiu com o evento ao tratar do tema “Indicações Geográficas em Pirenópolis, Cristalina e Campos Verdes”, mostrando o trabalho voltado para proporcionar maior qualificação dos artesãos de joias, penetrar mercado, associar valor, gerar empregos e oportunidades de geração de renda.
Em sua fala, João Luiz explicou sobre a atuação da instituição dentro dessas tendências e oportunidades de ativar o mercado. “Estamos muito focados em melhorar os pequenos negócios. Nosso trabalho é muito de qualificação desses empresários. A gente está atuando em Cristalina, Campos Verdes e Pirenópolis, para profissionalizar esse setor”, apontou. Pirenópolis já tem a IG das joias de prata, conquistada com suporte do Sebrae. Segundo o gestor, a instituição atende garimpeiros, mineradores, artesãos, joalheiros e ourives. “E temos identificado que eles estão muito carentes e realmente precisam colocar esses produtos no mercado”, disse.

O comentador ressaltou ainda a premência da inovação tecnológica para artesãos, micro e pequenos empresários. “Às vezes é muito rosto. Mas via Sebrae, essa consultoria pode ser subsidiada. Temos vários profissionais prestando serviço para gente no estado todo, que são os nossos consultores”, explicou.
Ao tratar da indicação geográfica, João Luiz explicou que o atendimento tem sido feito junto a associações e cooperativas para fortalecer a governança. “Essa instrumento coletiva de proteção, que é a Indicação Geográfica, é uma instrumento de inovação tecnológica que vai diferenciar o resultado quando for concorrer com o de outros estados”, explicou.
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Trabalho de reconhecimento
Para a consultora Daniela Couto, na Indicação Geográfica, zero é “inventado”, mas é feito um trabalho de reconhecimento de um pouco que já existe. “O que fazmos é buscar esse reconhecimento, essa apropriação, fazê-los entender que eles têm todo esse potencial é rico”, afirmou.
Ela atua nos territórios, com os levantamentos in loco, organização e orientação sobre documentação, mapeamento, entrevistas, além da elaboração do caderno de especificações técnicas, e ainda as delimitações geográficas, entre outras atividades para o registro junto ao Instituto Pátrio de Propriedade Intelectual (Inpi). “A IG mobiliza toda a masmorra. Uma vez que aumenta o aproximação ao mercado, a visibilidade do resultado e do serviço, tudo cresce também. A atuação nos municípios é de imensa relevância para o desenvolvimento profissional e individual. Esse movimento junto ao governo acaba gerando uma visibilidade maior para o projeto e para o município. O grande sonho é tornar a Indicação Geográfica uma taxa de estado”, realçou.

Na exemplificação da valimento do trabalho, João Luiz disse que, no caso de Cristalina, está sendo trabalhada a indicação de proveniência do cristal, que vai ter um valor associado a partir do momento que conseguir obter o registro de Indicação Geográfica, a exemplo do que já acontece em Pirenópolis, que já tem o registro de joias de prata desde 2019. “Hoje a gente já tem esses produtos sendo vendidos tanto no município quanto em Brasília, São Paulo, Goiânia e outros mercados”, lembrou. O comentador afirmou ainda que o trabalho proporciona maior proximidade com os empresários, com um trabalho realizado nos territórios, dentro dos ateliês. “É provável identificar a premência de orientação na formação de preços, na gestão da marca, no atendimento e na forma de receber o cliente, além da maneira de vender para outros mercados”, disse.
Ele destacou também a premência de atuar na gestão da identidade e na originalidade. “Trabalhamos muito nessa risco, de saber reconhecer a originalidade, a identidade do território, e os empresários saberem utilizar isso a seu obséquio. Uma vez que colocar um resultado de valor associado dentro da originalidade que ele tem”, salientou. Em Cristalina, o comentador explicou que foi realizado um trabalho de branding, mostrando-o uma vez que um território que tem uma identidade própria.
Ele relembrou também que em Pirenópolis, as joias artesanais em prata são feitas desde a dezena de 1970. Para tanto, as equipes do Sebrae trabalham para a valorização e reconhecimento da produção que já existe. “Dar envelopada, uma embalagem. Agora, eles têm muito mais condições de mostrar esse resultado, têm um certificado de garantia que vai junto, na hora que o cliente adquire esse resultado”, frisou.
Quando faz referência ao cluster de joias, João afirma que ele reúne um trabalho que vem sendo desenvolvido há muitos anos, uma vez que forma de melhorar a vida dos artesãos. “É uma atuação muito específica dos pequenos negócios, para aumentar a qualidade e a padronização do que eles já fazem, levando capacitações e cursos”, especificou.
No que tange ao aproximação ao mercado, o Sebrae apoia os empresários para participarem de feiras e eventos. “A gente traz eles para eventos em Goiânia, leva para fora do estado. A gente produz catálogos para mostrar o que eles já fazem”, continuou.
Já na secção de gestão financeira, a atuação tem sido poderoso, desde a era da pandemia, para que eles tenham controle e melhoria da produção. As frentes de trabalho procuram focar na qualidade e nas parcerias, além de trabalharem sustentabilidade e preocupação com o meio envolvente, para serem cada vez mais autônomos e independentes e conseguirem ter subsistência. “O Sebrae é unicamente um dos parceiros, mas nós temos vários outros.”Participamos deste evento a invitação da Secretaria de Indústria e Negócio, com universidades e outros órgãos”, explicou.
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Perspectivas positivas
Willian Souto, presidente da Associação dos Artesãos de Cristalina (AAC Goiás), entende que o projeto Minera GO proporcionou melhorias na organização e planejamento da associação em relação ms pesquisas sobre o cristal. “É um projeto também que envolve todo o estado. Está sendo trabalhado em vários municípios”, afirmou. Aliás, Souto ressaltou a parceria com o Sebrae desde a instauração, em 2002, o que tem auxiliado em vários projetos, inclusive na identificação geográfica do cristal, na procura do reconhecimento do minério tirado em Cristalina. “Nós sabemos que o município tem a maior jazida de cristal, mas ainda não está registrado, não tem documentação sobre a certificação. Vai facilitar na formalização do nosso resultado, na Indicação Geográfica e no selo de qualidade”, ressaltou. Uma vez que Cristalina tem o diferencial turístico, Souto afirmou que, “mais uma vez, foi muito bom o trabalho desenvolvido pelo Sebrae e a prefeitura”. Para ele, Cristalina e a associação estão sendo privilegiadas, em um trabalho em parceria, não só com o governo do estado, por meio da Secretaria de Indústria e Negócio (SIC), mas com o Sebrae, universidades e a iniciativa privada. “Beneficia os municípios, o estado e o Brasil, porque estão sendo feitas as pesquisas, um projecto, e, em breve, serão realizadas as ações, a partir da coleta de informações sobre o que precisa ser melhorado na mineração”, avaliou.

Luiz Triers, presidente da Associação cultural e Ecológica dos Artesãos em Prata de Pirenópolis (Aceapp), vê a proposta do Minera GO uma vez que uma oportunidade para avanços econômicos. “A gente vai conseguir amarrar desde a extração das gemas em Goiás, a certificação dessas pedras e produção das joias”, enunciou.
O presidente da associação também acredita se tratar de uma novidade lanço para o desenvolvimento do setor de produção de joias artesanais. “Estamos enxergando isso dentro da joalheria de Pirenópolis, porque, de indumentária, agora a gente está sendo visto pelas autoridades. A gente sempre uma carência de aproximação a mercados e matéria-prima regulamentada. O projecto estadual e o trabalho com a IG são fundamentais para que a gente possa ter rastreabilidade da matéria-prima para acessar os mercados internacionais. O Minera GO é um novo degrau que a gente vai depreender dentro da expansão do transacção da joalheria artesanal”, pontuou.
Cristina Clavijo, secretária da associação, disse que o interessante do cluster de joias é que engloba toda a masmorra produtiva. São três municípios, Campos Verdes, que tem o mina de esmeraldas, Cristalina, que além de ter variedade de cristais, faz lapidação, e Pirenópolis, que tem o aperfeiçoamento, que é o trabalho artesanal com as joias de prata. Portanto, Pirenópolis, acaba sendo a ponta final do trabalho que começa desde o mina, na extração.
Para Cristina, o trabalho que tem sido desenvolvido não é pontual. “A gente está pensando em toda masmorra produtiva de mineração e joalheria de Goiás”, ressaltou. A secretária avaliou a valimento do encontro pelas oportunidades que oferece aos participantes. “Temos feito bons contatos, pensando em políticas públicas, duradouras e permanentes”, concluiu.
Projecto de Recursos Minerais

Durante os dois dias do evento foi discutido o Projecto Estadual de Recursos Minerais (PERM-GO). O encontro, organizado pela Secretaria de Estado da Indústria, Negócio e Serviços (SIC) em parceria com a Percentagem de Minas e Vontade da Alego, reuniu autoridades, setor produtivo, ateneu e sociedade. Aliás, ofereceu extensa programação para apresentação dos resultados da construção do PERM, com exposição de estandes dos parceiros que trabalharam, apoiaram e estão construindo o projecto em parceria com o governo do estado.
Lívia Parreira, superintendente de Mineração da SIC, ressaltou a trajetória do PERM durante esse ano: “Para a construção do PERM, viajamos o estado, conversamos com quase 2 milénio pessoas para construção participativa deste projeto estratégico para Goiás. O Minera GO vem uma vez que celebração desta trajetória. Importante primar que temos representantes de grandes mineradoras e também de microempresários do setor mineral, porque esta é uma política mineral com foco no setor uma vez que um todo”, sublinhou.
No trabalho, foram incluídos micro, pequenos e médios mineradores. Para Lívia, importante proveito é a licença social do projeto, com o base maciço das grandes mineradoras, instituições de ensino e pesquisa, associações e sociedade.
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