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São Paulo
Zélia Duncan e Rita Lee dão voz à famosa música “Pagu”, gravada em 2000, mas a parceria não durou durante todo o tempo em que as duas conviveram no cenário músico. A cantora falou sobre o rompimento com a rainha do rock, que morreu em 2023, depois entrar para a margem Mutantes, em 2006.
Em entrevista a Tati Bernardi no podcast Desculpa Alguma Coisa, Zélia Duncan relembrou o invitação para participar dos Mutantes, feito por Sergio Dias, guitarrista da margem, e por Arnaldo Baptista. A cantora contou que antes de concordar o invitação, consultou a amiga Rita Lee, que havia sido expulsa da margem ainda nos anos 70.
“Nunca desejei trovar nos Mutantes. Não sou louca. Olha a minha voz, olha a voz da Rita, uma grave, outra aguda. Ele (o Sérgio) me convidou para trovar com a margem em Los Angeles, Novidade York e São Francisco. Fiquei desesperada. Convidaram a Rita, ela não quis. E estavam procurando uma cantora”, disse Zélia.
A cantora disse que Rita concordou com a sua ingresso no grupo: “Peguei o telefone, ela atendeu, e eu disse: ‘Rita, recebi esse invitação, mas quero saber uma vez que é para você. Porque se for estranho para você, realmente eu não vou’. Ela esperou uns três segundo e falou essas palavras: ‘Vai, você vai se divertir com os manos”. Porém, o clima de amizade não perdurou: “Ela falou ‘vai’, e eu fui. Alguns meses depois, ela foi sumindo, sumindo, e sumiu de mim. Parou. Tentei, até um manifesto ponto, óbvio que respeitei”.
Zélia lamentou o rompimento da amizade e relembrou a gravação de “Pagu”, música que muito a orgulha. “Cantei com a Rita várias vezes em shows dela, e para mim, era uma imensa honra. E a gente se falava, passamos um monte de coisas legais. Eu conheci a Rita quando gravei o ‘Lá vou eu’. Quando teve o Prêmio da Música Brasileira, ela era homenageada, e ela me chamou para trovar”. “E a Rita foi o meu primeiro ídolo. Com 12 anos, pedi para a minha mãe o primeiro vinil, que era ‘Fruto proibido'”, desabafou.
Zélia falou sobre uma vez que se sentiu na idade: “Doeu. Doeu. Dói, dói até hoje. A vida se impõe, e eu vou prestar homenagem para a Rita até eu morrer”. “Sou muito tranquila em relação ao que eu podia fazer. Acho que fui amiga dela até quando ela permitiu”, disse.
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