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Selfie em Auschwitz nem sempre é errado, diz porta-voz – 11/09/2023 – Turismo

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Ao entrar no Museu de Auschwitz, no espaço onde ficavam dois campos de concentração da Alemanha nazista na Polônia ocupada durante a Segunda Guerra, o visitante atravessa uma sóbria passarela feita de concreto armado enquanto nomes de vítimas do Sacrifício saem dos alto-falantes.

O guia pede silêncio durante o trajeto, mas nem todos respeitam a solicitação. Escutam-se conversas sobre generalidades, um e outro apontando qualquer pormenor da quadra do extermínio em volume. Ao todo, seis milhões de judeus foram assassinados sob as ordens de Adolf Hitler, um milhão só em Auschwitz.

Em abril, uma foto feita nos trilhos do antigo campo de concentração de Birkenau, ao lado de Auschwitz, gerou repulsa devido à pose descontraída da pequena retratada: sentada num dos trilhos, ela tinha a cabeça reclinada para trás e uma das mãos segurando os cabelos uma vez que se estivesse em um mercantil de xampu.

Antes, em 2014, uma estudante americana do Alabama já havia provocado reação parecida ao fazer uma selfie, sorrindo e com um emoji de sorriso na legenda, dentro de onde ficava o campo de concentração.

Para Pawel Sawicki, assessor de prelo do Museu de Auschwitz, porém, trata-se de exceções. Em entrevista a veículos de mídia do Brasil, entre os quais a Folha, o funcionário da instituição ressaltou a influência de lembrar que aquele foi o lugar onde muitos foram mortos, mas defendeu a premência de encontrar um estabilidade “para falarmos de retrato uma vez que um caminho para conduzir as emoções”.

“Sempre pedimos aos visitantes para ter em mente que o comportamento deles ao tirar fotos pode ser problemático para outros, mas não é uma vez que se existisse uma risco em que você pode manifestar: ‘OK, agora todas as selfies são erradas ou todas são boas’. É mais multíplice.”

Recentemente, uma pequena fez uma foto no lugar do campo de concentração de Birkenau, o que gerou uma enunciação do Museu de Auschwitz. O que vem sendo feito para evitar situações desse tipo?

Uma selfie não é um tanto terrível. Terrível é o que aconteceu nos campos de concentração e de extermínio. A selfie é uma maneira pela qual as pessoas se comunicam hoje, e não há zero de falso com uma selfie em si. Mas precisamos nos lembrar de que esse é um lugar onde mais de um milhão de pessoas foram assassinadas. Quando falamos de retrato, temos de olhar para as diferentes abordagens, porque há quem pense que os visitantes não deveriam poder nem mesmo tirar fotos. Nós discordamos.

Pessoas do mundo todo vêm cá, e para muitos será a única vez que virão. Logo eles fazem fotos, mostram para seus parentes, postam nas redes sociais e falam sobre o que sentiram e por que esse lugar é tão importante. Não tem zero de falso com fotos desse tipo. Em universal, tentamos nos notar não só à foto, mas à motivação dela, porque você pode tirar uma foto linda, com uma câmera superprofissional, e portanto usá-la para manipular ou distorcer a história ao redigir uma legenda problemática. Ou seja, é preciso encontrar um estabilidade para falarmos de retrato uma vez que um caminho para conduzir as emoções.

Sempre pedimos aos visitantes para ter em mente que o comportamento deles ao tirar fotos pode ser problemático para outros, mas não é uma vez que se existisse uma risco em que você pode manifestar: “OK, agora todas as selfies são erradas ou todas são boas”. É mais multíplice. No nosso perfil no Instagram, você pode ver que procuramos fotos que as pessoas fazem cá e adicionamos teor educacional. Assim, em vez de focar só o exemplo negativo, tentamos olhar para as coisas positivas que as pessoas fazem. Mas, simples, às vezes temos de reagir quando situações problemáticas acontecem.

Estamos chegando ao momento da última geração de sobreviventes do Sacrifício. Qual é a perspectiva do museu para continuar preenchendo essa memória?

A presença dos sobreviventes é vital para nós porque esse lugar foi criado por eles, uma vez que um testamento. Uma coisa que temos feito, assim uma vez que outras instituições, é coletar depoimentos —em texto, em vídeo, em 3D, para serem exibidos uma vez que hologramas—, e o número de vozes que podemos usar é incrível. Mas planejamos também uma exposição com obras criadas por prisioneiros e sobreviventes, porque notamos que os jovens, quando se encontram com sobreviventes, não perguntam sobre fatos ou datas, mas sobre o que eles sentiam ao estar cá. E a arte é um gênero interessante, porque você não precisa de um linguagem. O que quero manifestar é: ainda precisamos dos depoimentos e temos de colocá-los num pedestal, porque são testemunhas da história, mas devemos pensar em formas diferentes de manter suas vozes.

O senhor trabalha cá há 16 anos. Que mudanças testemunhou no museu desde portanto?

Houve mudanças no número de visitantes. Em 2000, você tinha menos de 500 milénio visitantes [por ano]. Antes da Covid, em 2019, eram 2,3 milhões de visitantes [em 2022, ainda na retomada pós-pandemia, o museu recebeu quase 1,2 milhão de visitantes]. Houve também uma mudança de geração, e um repto é justamente a falta de sobreviventes. Quando pensamos nos jovens de hoje, os avós deles nasceram depois da Segunda Guerra, e, quando pensamos na forma uma vez que a história é passada, de geração em geração, ela vem por meio dos avós. Assim, para muitos jovens que vêm cá, não é mais uma história contada ao volta da mesa de jantar, agora ela vem dos livros, e essa é uma relação muito dissemelhante quando pensamos em uma vez que nos transmitir com eles. Em termos de conservação, houve mudanças muito significativas, e agora temos uma instauração que ajuda a financiar o museu. Temos, também, novos projetos, uma vez que o novo núcleo de visitantes, inaugurado há dois meses, com um novo cinema.

Posteriormente todos esses anos trabalhando cá, ainda é provável se sentir otimista em relação à humanidade?

Trabalhar em Auschwitz em procura de otimismo é um tanto reptante. Provavelmente sinto otimismo em relação a seres humanos de forma individual e acho que uma das maiores perguntas que devemos fazer em um lugar assim é o que podemos fazer hoje uma vez que indivíduos para melhorar o mundo. Alguns visitantes hoje questionam: “As pessoas sabiam o que estava acontecendo? Por que eles não fizeram mais para evitar?”. Daqui a 30 anos haverá novos memoriais, e essas questões vão ressuscitar. Assim, em relação à humanidade, tenho uma visão mais complexa, mas sei que indivíduos, quando encontram uma motivação, quando pensam que estão fazendo um tanto bom, podem fazer absolutamente muito.

O jornalista viajou à invitação do Memorial do Sacrifício de São Paulo com espeque do governo da Polônia

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