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Se aliviar a dor, posso desistir da eutanásia, diz jovem – 07/07/2024 – Equilíbrio e Saúde

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Duas novas esperanças podem mudar a teoria da estudante de veterinária Carolina Arruda, 27, de buscar a eutanásia na Suíça. Há 11 anos, ela convive com nevralgia do trigêmeo, um distúrbio que provoca uma dor incapacitante, considerada a pior do mundo.

De subida intensidade, a dor atinge o rosto —no caso de Carolina, nos dois lados— na forma de pontadas ou choques. “É variável, mas algumas pessoas podem ter 200 choques por dia, diz Sérgio Jordy, neurologista do Núcleo Médico e Sinapse e do Hospital São Luiz (unidade Itaim), da Rede D’Or.

“O choque elétrico da crise é muito potente. Eu tenho uma dor manente durante o dia, uma dor permanente, e ela fica ali no nível 6, mais ou menos. E quando tem a crise, a dor aumenta muito, vai ao nível 10 e fica muito insuportável”, relata Carolina.

Segundo a estudante contou em entrevista à Folha, uma das possibilidades vem do próprio neurologista, Wellerson Sabat, e de uma equipe da Argentina. Trata-se de novidade uma técnica para tratar nevralgia do trigêmeo, provavelmente cirúrgica. A consulta com o médico brasílio será no dia 18 de julho e custará R$ 400. A equipe argentina ainda não informou datas, procedimentos e valores.

“Eu vou tentar dependendo da margem de sucesso. Tudo vai depender do que eles me apresentarem, porque se for uma terapia que não tem muitas chances de sucesso, não tem muitos estudos, eu não vou me aventurar e me subordinar a mais tipos de cirurgia. Logo, eu tenho que calcular muito a proposta, a requisito. O médico ainda tem que me passar as informações”, diz a paciente.

A segunda esperança está na Clínica da Dor da Santa Mansão de Alfenas (MG). Nesse caso, Carolina, que é mineira de Bambuí, já conhecia o trabalho dos médicos da instituição, mas nunca havia conseguido aproximação devido ao valor cimalha. A consulta será realizada na segunda-feira (8), de forma online. A estudante não pagará zero por ela.

“Se der evidente e pacificar a dor, talvez eu reconsidere a eutanásia. Tudo é válido para minimizar a dor. Mesmo que eu tenha sentenciado optar pela eutanásia, ainda terei que passar por um processo burocrático e demorado”, afirma.

“Por uma despedida digna: ajude Carolina a obter tranquilidade” é o título da vaquinha online que procura recepcionar R$ 150 milénio para remunerar a eutanásia na instituição Dignitas, na Suíça, um dos países onde a prática é permitida por lei, ao contrário do Brasil. Criada no dia 1º de julho, a vaquinha já tinha mais R$ 115 milénio —murado de 77%— doados por 2.835 apoiadores até as 19h deste domingo (7).

O caso viralizou nas redes sociais. Com isso, a estudante conseguiu contato com pessoas que importam canabidiol. “Eu já tenho uma empresa que me fornece o canabidiol, por parceria, em troca de divulgação nas minhas redes”, relata.

Além de canabidiol, a mineira faz uso de dez medicamentos por dia, entre antidepressivos, anticonvulsivos, opioides e relaxantes musculares. As crises já afetaram sua saúde mental. Carolina já tentou suicídio duas vezes.

Ela passou por quatro cirurgias, 70 médicos consultados e mais de 50 remédios testados. Faz segmento do tratamento aplicação de botox a cada quatro meses no músculo temporal e masseter (um dos quatro músculos da mastigação). A terapia deixa a dor murado de 5% menos intensa, de conciliação com a paciente.

Carolina teve a primeira crise há 11 anos, quando estava na mansão da avó. Ela tinha saído de um quadro de dengue. Na idade, o médico disse à estudante que o problema pode ter sido provocado pelo vírus que motivo a doença, porque ele se aloja nos nervos.

Segundo Evaldo Stanislau de Araújo, infectologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, consultado pela reportagem, a dengue pode ter raras manifestações neurológicas diretas —acarretadas pelo vírus— ou indiretas, mediadas pela isenção em resposta à infecção.

“É preciso excluir outras causas, mas temos observado algumas manifestações neurológicas, sobretudo polirradiculoneurites (síndrome de Guillain-Barré) ou encefalites mas, em teoria, sim, pode possuir um fator desencadeante dessa dor com a dengue”, afirma Araújo.

“Para aquelas pessoas que também têm nevralgia de trigêmeo, o meu recado é que não se desesperem e não achem que a eutanásia é a saída para qualquer doença nesse nível. O meu caso é extremamente vasqueiro, que não dá para ser usado uma vez que referência. O que eu quero proferir é que as pessoas que sofrem disso, obrigatoriamente, vão se remediar somente pela eutanásia. Existem vários tratamentos possíveis”, declara Carolina.

O que é nevralgia do trigêmeo?

A nevralgia do trigêmeo é um distúrbio que provoca uma dor intensa na região do rosto —pode atingir a cabeça— por onde passa o tendão trigêmeo, responsável pela sensibilidade tátil, térmica e dolorosa da face.

O trigêmeo tem três ramificações: oftálmica, maxilar e mandibular. Ele controla as sensações do rosto.

“O trigêmeo é um tendão que faz, primariamente, a inervação do rosto. É um tendão craniano direto. Logo, as regiões mais para cima da cabeça são inervadas por nervos que saem direto do tronco cerebral. E o rosto é inervado pelo trigêmeo. Quando acontece alguma lesão desse tendão, ou às vezes, até por um motivo que não se sabe muito, acontece uma hiperestimulação causando o que se labareda nevralgia do trigêmeo”, explica o neurologista Sérgio Jordy.

Hoje há muitas formas de tratamento, de conciliação com o técnico.

“Hoje há tratamentos com remédios, cirurgias, com radiocirurgias, que você nem abre e consegue, de uma certa forma, bloquear. Pode até trinchar o tendão, eventualmente, para tentar. A pessoa fica sem sensibilidade no rosto, mas a nevralgia, muitas vezes, melhora”, explica o médico.

A disfunção pode ser ocasionada por má formação no tendão doenças, uma vez que a esclerose múltipla e tumores. Qualquer lesão no trigêmeo pode fomentar a nevralgia, uma vez que procedimentos odontológicos em que o dentista lesionou o tendão, ou até abcessos, de conciliação com o neurologista.

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