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Por que cada vez mais pessoas vivem mais do que 100 anos? – 28/12/2024 – Equilíbrio e Saúde

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A última semana de novembro prometia ser mais uma semana generalidade para João Marinho Neto.

O ex-pecuarista estava unicamente aguardando o almoço —o frango de panela habitual na morada de repouso onde ele mora, na pequena cidade de Apuiarés, no Ceará, a 130 km da capital do Estado, Fortaleza.

Mas ele logo chegaria às manchetes nacionais e internacionais. Com 112 anos, Neto passou a ser o varão mais velho do mundo. “E sou também o mais bonito”, brincou ele para a enfermeira que lhe deu a notícia.

Neto “herdou” o lugar no Livro Guinness dos Recordes com a morte do britânico John Tinniswood, em 25 de novembro. Ele também tinha 112 anos de idade.

Atualmente, a pessoa mais velha do mundo é a japonesa Tomiko Itooka, de 116 anos. Mas Itooka também é uma recordista relativamente novidade. Ela foi “coroada” em agosto pretérito.

Neto e Itooka fazem secção do seleto grupo dos centenários, que vem crescendo em todo o mundo.

Quase 1 milhão de centenários

A Separação de População da ONU (Organização das Nações Unidas) estima que, em 2024, murado de 588 milénio pessoas vivas no planeta tenham comemorado seu 100º natalício. A tendência é que oriente número se aproxime da marca de 1 milhão até o final da dezena.

Em 1990, unicamente 92 milénio pessoas atingiram o marco dos três dígitos.

O ser humano percorreu um longo caminho em termos de expectativa de vida, graças aos avanços em uma série de áreas que nos deram melhores medicamentos, boa sustento e condições de vida vantajosas, em conferência com nossos ancestrais.

Em média, uma pessoa que nasceu em 1960 (o primeiro ano em que a ONU começou a manter dados globais sobre longevidade) tinha expectativa de vida de murado de 52 anos.

Seis décadas depois, a expectativa de vida global média é de 73 anos e a ONU projeta que ela irá atingir 77 anos até 2050.

Ou seja, mesmo com todos os avanços, chegar a 100 anos não é pouca coisa. As pessoas que atingiram essa idade representavam unicamente 0,007% da população mundial em 2023, segundo os dados da ONU.

E os cientistas alertam que a possibilidade de atingir 100 anos de idade ainda é pequena para a maioria de nós. Um estudo de 2024, do Instituto Vernáculo de Pesquisas Demográficas da França, estimou que menos de 2% dos meninos e menos de 5% das meninas nascidas em 2023 irão atingir esta marca.

Aliás, a maioria das pessoas que chega à vetustez provavelmente irá tolerar de doenças crônicas.

“Viver mais não é sinônimo de viver muito”, diz Janet Lord, professora de Biologia Celular da Universidade de Birmingham, no Reino Uno.

Lord explica que, em média, os homens passam seus últimos 16 anos de vida enfrentando condições que vão de diabetes à demência. Para as mulheres, oriente tempo sobe para 19 anos.

Qual é o sigilo dos ‘supercentenários’?

Se comemorar 100 aniversários já é difícil, imagine seguir ainda mais além.

Nos Estados Unidos, um estudo de longo prazo da Universidade de Boston estimou que unicamente 1 em cada 5 milhões de americanos atinge o estágio “supercentenário” —quando se ultrapassa os 110 anos.

Esta taxa, porém, vem aumentando. O número de americanos com 100 anos de idade ou mais aumentou de murado de 50 milénio em 2010 para mais de 80 milénio em 2020, segundo os números do Recenseamento dos Estados Unidos.

Os “supercentenários” naturalmente atraem muita atenção dos cientistas que estudam o envelhecimento humano.

“Esses indivíduos desafiam o que acontece com a maioria das pessoas na vetustez. E ainda não temos certeza do porquê”, segundo Lord.

Além da longevidade, os supercentenários se destacam por terem uma saúde relativamente boa para sua idade.

Neto, por exemplo, exceto pela sua visão bastante fraca, não tem outros problemas de saúde, segundo Aleluia Teixeira, uma das enfermeiras que cuida do supercentenário.

“Ele não precisa de medicamentos, nem tem histórico de doenças graves. Ele tem 112 anos!”, declarou ela à BBC.

O que intriga ainda mais os especialistas em idade é o vestimenta que algumas pessoas que chegam aos 100 anos ou mais não são exatamente um exemplo de boas práticas em saúde.

Neto, por exemplo, viveu uma vida bastante limpa e foi abstêmio, segundo seu rebento mais velho, Antônio. Mas outros supercentenários foram, digamos, um pouco mais descuidados.

A francesa Jeanne Calment morreu em 1997, com 122 anos de idade. Oficialmente, ela é o único ser humano a ter ultrapassado os 120 anos. Mas Calment era fumante e adorava uma barra de chocolate.

Mais surpreendentemente, um item de 2011, publicado no periódico científico Journal of the American Geriatric Society, estudou um grupo de 400 judeus americanos com 95 anos ou mais —e encontrou uma profusão de maus hábitos.

Quase 60% dos participantes eram fumantes contumazes, metade deles tinha sido obesa durante a maior secção da vida e unicamente 3% eram vegetarianos.

Isso sem falar em outros dados surpreendentes —muitos deles não faziam manobra, nem mesmo de forma moderada.

“A primeira coisa que precisamos expor às pessoas interessadas em viver tanto tempo é não seguir dicas de estilo de vida de centenários ou supercentenários”, orienta Richard Faragher, professor de biogerontologia da Universidade de Brighton, no Reino Uno, um dos principais especialistas em estudos do envelhecimento.

“Há um tanto fenomenal sobre eles. Porque muitos fazem exatamente o oposto do que sabemos que pode ajudar alguém a viver mais”, acrescenta o técnico.

Os cientistas suspeitam que a genética desempenhe um papel importante na longevidade.

Os centenários (e supercentenários) parecem ser capazes de se proteger contra o desgaste que afeta os mais jovens com o passar do tempo. Eles também se mostram capazes de ressarcir até mesmo hábitos pouco saudáveis que levam a maioria de nós à morte precoce.

O número crescente de pessoas chegando aos 100 anos também levou os cientistas a questionar se os limites da longevidade humana também serão estendidos.

Pesquisadores da Universidade de Washington, nos EUA, afirmam que a longevidade extrema atingirá novos limites ainda neste século —e possivelmente resultará em casos de pessoas que irão assoprar 125 ou até 130 velinhas nos seus bolos de natalício.

“Acreditamos que é quase visível que alguém quebrará o atual recorde de idade até 2100 e que é muito verosímil que alguém possa viver até os 126, 128 ou 130 anos”, estima Michael Pearce, estatístico e um dos autores do estudo.

Pearce e o professor Adrian Raftery usaram o International Database on Longevity, uma base de dados sobre expectativa de vida, para simular os limites de longevidade para as próximas décadas. Eles concluíram que há uma verosimilhança próxima dos 100% de que o recorde de Calment será derrotado e uma chance de 68% de que alguém comemore em breve um natalício de 127 anos.

O vestimenta de ser mulher também ajuda. No dia 9 de dezembro de 2024, as 53 pessoas mais velhas do mundo são mulheres. Neto é o 54º.

As regras do jogo do envelhecimento

Há, no entanto, muitas perguntas que a ciência ainda precisa responder para entender completamente o quebra-cabeça do envelhecimento.

Especialistas porquê Richard Siow, diretor de Pesquisas do Envelhecimento do King’s College de Londres, acreditam que esse entendimento é crucial para abordar questões de qualidade de vida com uma população global cada vez mais envelhecida. A ONU calcula que o mundo já é habitado por mais pessoas com mais de 65 anos do que por crianças com menos de 5 anos de idade.

“A grande questão cá não é discutir quanto tempo podemos viver, mas porquê podemos retardar o início do declínio relacionado à idade e permanecer saudáveis por mais tempo do que agora”, aponta Siow.

“Desta forma, se tivermos a sorte de chegar à vetustez, poderemos aproveitar esses anos, em vez de vivê-los em sofrimento.”

Organizações porquê a HelpAge International, uma rede que oferece pedestal a idosos em todo o mundo, apontam que essa filosofia é crucial para ajudar a abordar o envelhecimento da população porquê uma oportunidade, não porquê um fardo para os sistemas de saúde e bem-estar social.

“Essa visão fatalista que fala do envelhecimento porquê um problema não é o nosso intuito”, argumenta Eduardo Klien, porta-voz da HelpAge.

“Os idosos com boa saúde oferecem um enorme potencial para as sociedades de várias maneiras, inclusive na economia.”

A proporção de centenários no Reino Uno atingiu um recorde em 2020 e a tendência é que esse número só cresça daqui em diante.

No Brasil, o número também é crescente. Segundo o último Recenseamento do IBGE, havia em 2022 quase 38 milénio centenários.

*Com colaboração de Josué Seixas

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