A duna do Pôr do Sol, um dos principais pontos turísticos de Jericoacoara, no Ceará, caminha para o desaparecimento. O processo é originário, mas tem sido vertiginoso por ações do varão, de contrato com especialistas.
A elevação de areia fica dentro dos limites do Parque Vernáculo de Jericoacoara, gerido pelo ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação de Biodiversidade).
A duna do Pôr do Sol, porquê o próprio nome sinaliza, é frequentada por turistas que vão ao balneário cearense no final da tarde, para respeitar o poente.
O monte de areia tinha 60 metros de profundeza nos anos 1970, mas atualmente tem somente seis metros de elevação, de contrato com o ICMBio.
Além do atrativo turístico, as dunas da região de Jericoacoara têm a função de fazer a recarga de chuva para os aquíferos da região, locais subterrâneos onde são armazenados os recursos hídricos para provimento de cidades.
“A areia do campo de dunas recebe chuva da chuva, que fica armazenada no subsolo. A chuva potável dos municípios da região vem do aquífero”, explica Kelly Cottens, bióloga e exegeta ambiental, gerente do Parque Vernáculo de Jericoacoara.
Jericoacoara é conhecida por biólogos e geógrafos, entre outros fatores, pelo deslocamento de dunas em direção ao mar. O fenômeno é maior no segundo semestre, quando os ventos ficam mais fortes. Nesse período, a tendência é que a duna do Pôr do Sol perdida mais profundeza.
“O vento empurra as dunas. E a duna do Pôr do Sol foi se deslocando junto com as outras e acabou encontrando o mar. Quando isso acontece, o processo erosivo é mais vertiginoso porque a vaga bate e vai carregando a areia. A duna está no término da sua jornada, é muito triste, mas isso é originário”, diz a gestora do ICMBio.
Para a bióloga, a visitação das dunas a pé pelos turistas é um ecoturismo de plebeu impacto nas dunas, que, segundo ela, se deslocam de dez a 30 metros por ano no parque.
A expectativa é que outras dunas, também em deslocamento, possam repor nos próximos anos a duna do Pôr do Sol, que caminha para o sumiço. Entretanto, a velocidade desse suprimento de duna pode diminuir em razão das ações humanas no ecossistema.
Já o professor de geografia Davis de Paula, da Universidade Estadual do Ceará, diz que o processo vertiginoso da duna do Pôr do Sol está associado ao aumento do fluxo de turistas e à degradação ambiental na região. Ele avalia que as visitas a pé às dunas contribuem decisivamente para a redução do nível de areia.
“Jericoacoara recebe milhares de pessoas por ano. A sua capacidade de trouxa está em seu nível supremo. A intensa procura pelo pôr do sol na badalada duna tem trazido prejuízos ambientais, porquê o pisoteio da segmento superior da duna. Isso provoca uma avalanche do material da duna, que contribui para que o sedimento vá mais rápido em direção ao mar”, diz.
A expansão da vila de Jericoacoara e o cima fluxo de veículos em estradas que cortam a paisagem sítio são apontados ainda porquê causas que inibem o ritmo adequado de reposição de areia. Um maior volume de chuvas também pode contribuir para a subtracção das dunas.
De Paula prevê que, com a iminente saída de cena da duna do Pôr do Sol, haverá prejuízos para a natureza sítio. “Com a extinção, há perdas de funções naturais porquê a recarga de aquíferos. A vila não tem no seu entorno rios para lhe abastecer de chuva, toda chuva vem de um lençol freático. Há prejuízos para a demanda de recursos hídricos subterrâneos para Jericoacoara.”
Para o prefeito de Jijoca de Jericoacoara, cidade onde fica o vilarejo de Jericoacoara, o governo federalista precisa agir de forma efetiva para diminuir os prejuízos ambientais. Na visão de Lindbergh Martins (PSD), a governo federalista foi negligente nos últimos anos com o espaço.
“O parque precisa de um esteio e uma solução imediata. Além das dunas do Pôr do Sol, temos um caminho da praia em que morrem algumas tartarugas, e não temos rota específica para quem trabalha com transporte de trabalhador e turista”, diz.
“O aporte financeiro que o ICMBio hoje recebe não dá condições de dar uma resposta à profundeza do parque vernáculo”, acrescenta. Dezenove funcionários do ICMBio atuam atualmente no parque.
A prefeitura, no entanto, não vislumbra um cenário preocupante em termos de atrativo turístico.
“Prejudica no sentido de não ter uma formosura originário porquê essa duna. Muitos turistas vêm, no final da tarde, para tirar foto naquele espaço. [Porém,] no entorno de Jericoacoara, existem outras belezas naturais que os turistas procuram. Temos vários locais que podem suprir essa carência”, diz o prefeito, que estima que de 50 milénio a 60 milénio turistas circulam por mês na região.
Além de Jijoca, o Parque Vernáculo de Jericoacoara inclui os municípios de Cruz e Camocim. O espaço tem uma espaço de mais de 8.000 hectares.