São Paulo
Em entrevista coletiva nesta quinta-feira (1), a resguardo de Bruno Rodrigues voltou a reiterar a inocência do produtor de TV e e ex-funcionário da Orbe, principal suspeito do homicídio do ator Jeff Machado, mas admitiu sua participação na ocultação do corpo do artista.
Os advogados também citaram a presença de uma terceira pessoa no cenário do violação —esta pessoa, de entendimento com o prova oferecido por Bruno à polícia, seria o delinquente do ator. A versão é contestada pela polícia e pelos advogados da família da vítima.
O cadáver de Jeff foi encontrado dentro de um baú, escondido e concretado no terreno de uma moradia alugada, no bairro de Campo Grande, na zona oeste da cidade. Na noite de quinta-feira (31), a Delegacia de Descobertas de Paradeiros (DDPA) indiciou Bruno e Jeander Vinícius da Silva Braga por homicídio triplamente qualificado e por ocultação de morto e emitiram um pedido de prisão.
Jeander é o segundo suspeito da morte e seria garoto de programa. Ele já possui passagem pela polícia e ficou quatro meses recluso por um roubo em 2019, em Copacabana, zona sul do Rio. A polícia acredita que os dois se conhecem há anos e que tentaram dar um golpe financeiro em Jeff, o que corrobora a hipótese de Bruno ter se aproximado da vítima com a promessa de trabalho no meio artístico.
Em prova prestado na delegacia às autoridades na sexta-feira (26), Bruno disse que foi à moradia de Jeff escoltado de Jeander e de uma suposta terceira pessoa de nome Marcelo, em 23 de janeiro, para gravar uma relação sexual entre o garoto de programa e o varão mencionado pelos suspeitos.
O produtor disse ainda que, posteriormente a gravação, desceu para a segmento térrea da moradia e, minutos depois, os outros dois apareceram carregando Jeff, desacordado. Quando questionou Jeander sobre o ocorrido, ele teria dito que Marcelo deu um “mata-leão” no ator, pois teria desvelado que ele era portador do vírus HIV e os dois teriam feito sexo sem preventivo.
“Eram quatro pessoas no quarto. Ainda que a polícia não concorde com esse traje, o Bruno tem colaborado. Nós vamos enfrentar os depoimentos. A resguardo não desconhece que a polícia aponta divergências nos depoimentos”, disse João Maia, jurisconsulto do suspeito.
O jurisconsulto da família da vítima afirma ao F5 que a polícia descarta a possibilidade da participação de uma terceira pessoa no homicídio.
“As autoridades refutam esse prova e a existência dessa pessoa, pois não condiz com nenhum elemento da investigação. Acreditamos que a enunciação do Bruno é uma maneira de desviar o foco de si mesmo.” Questionado sobre a gravação, o jurisconsulto diz que segmento do vídeo foi feito no celular de Jeff, que teria sido descartado a mando de Marcelo, e a outra no aparelho de Jeander.