Início Turismo Freixo: Turismo é resposta contra ameaças ambientais – 14/02/2023 – Cotidiano

Freixo: Turismo é resposta contra ameaças ambientais – 14/02/2023 – Cotidiano

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O novo presidente da Embratur (Dependência Brasileira de Promoção Internacional do Turismo) pretende intensificar o turismo em áreas de preservação ambiental e que atualmente sofrem com alta incidência de atividades ilegais e nocivas para os locais, como o garimpo.

A intenção, diz o ex-deputado Marcelo Freixo, hoje primeiro da filial, é gerar alternativas para lugares porquê a região dos yanomamis, porquê forma de combater ações criminosas —que se enraizaram porquê motor econômico sítio.

“Onde tem mina ilícito, você tem que tirar ele de lá. Qual atividade econômica vai substituí-lo? Porque se não tiver nenhuma, porquê fica a cidade, o mercado e a geração de trabalho? O turismo pode hoje substituir as ilegalidades da economia que hoje ameaçam o meio envolvente e os povos tradicionais”, afirma Freixo à Folha.

Segundo ele, a crise yanomami mostra que não há porquê realizar mina sustentável dentro de terras indígenas, porquê proposto pelo governo Bolsonaro (PL). “O turismo entra porquê modalidade de provável resposta [à crise], para gerar propagação econômico”, diz.

O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) vem conduzindo uma megaoperação para expulsão do garimpo da Terreno Indígena Yanomami, em Roraima.

As ações de repressão à atividade ilícito vem promovendo um êxodo dos garimpeiros da região, o que também aumenta o temor de que esses invasores migrem para outras áreas de exploração do solo, ou até fujam para outros países.

O propagação e a consolidação do mina ilícito na terreno yanomami, permitidos e estimulados pelo governo Jair Bolsonaro, provocaram uma crise humanitária, sanitária e de saúde entre os indígenas, com explosão dos casos de malária, fome grave e infecções respiratórias.

Yanomamis de comunidades em regiões porquê Surucucu e Auaris se viram empurrados e pressionados pelos invasores, e algumas aldeias foram cooptadas pela atividade garimpeira. Os indígenas encolheram suas plantações, e não têm chuva potável para ingerir e nem para tomar banho. A caça foi afugentada. Não conseguem pescar.

O governo Lula declarou no dia 20 do mês pretérito estado de emergência em saúde pública, com ações de assistência médica na terreno indígena. Depois, o governo deu início à Operação Libertação, para retirada dos invasores do território, com participação de agentes de Ibama, Funai, Força Vernáculo de Segurança Pública e Forças Armadas. A operação deve insistir entre seis meses e um ano.

Aliada à operação, está um movimento, que o petista vem conduzindo desde que foi eleito, de usar a Amazônia para tentar reposicionar o Brasil no cenário global. O país se distanciou de potências importantes, porquê a França, dentre outros fatores por sua política negligente com a crise climática.

“Quando se promove o Brasil, se promove o Brasil que vai proteger a Amazônia, e as pessoas querem saber a floresta. Só que as pessoas não querem saber uma floresta devastada, mas preservada. Quando falamos em ecoturismo, é uma postura política”, afirma Freixo.

O ministro diz, porém, que não está resolvido ainda onde a Embratur promoverá ações voltadas ao ecoturismo, nem quando. Freixo afirma que conversará com os ministros Sônia Guajajara (Povos Indígenas) e Silvio Almeida (Direitos Humanos) para entender quais comunidades —não só indígenas, mas também quilombolas, por exemplo— têm o perfil e desejam participar de ações desse tipo.

Freixo diz ainda que será criada uma gerência de clima e meio envolvente dentro da filial.

Segundo o ex-deputado, há atualmente conversas com o BNDES (Banco Vernáculo de Desenvolvimento Econômico e Social), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), o Sebrae (Serviço Brasílico de Espeque às Micro e Pequenas Empresas) e a Apex (Dependência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) para gerar instrumentos de incremento no orçamento da Embratur —que, em sua avaliação, hoje é insuficiente para as necessidades da pasta.

Ainda de combinação com Freixo, até agora há duas medidas mais avançadas dentro da filial.

Uma é em parceria com o Ministério da Paridade Racial, para um memorial inspirado no memorial do Sacrifício (na Alemanha) a ser instalado no Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, sítio que mais recebeu escravizados africanos em todo o Brasil.

A outra, junto com o Desenvolvimento Regional, é um mapeamento dos pontos turísticos do país e de quais os déficits de mão de obra nessas regiões, para o desenvolvimento de programas locais de capacitação profissional em turismo.

O governo vai relançar o Marca Brasil, programa de promoção do turismo criado por Lula, mas paralisado por Bolsonaro em 2019, quando foi anunciado em seu lugar a campanha “Brazil, visit and love us” (Brasil, visite e nos ame).

A teoria acabou criticada por provável associação do turismo à exploração sexual. “Tem uma parcela do mundo que não quer ser confundida com qualquer turismo que gere a possibilidade de exploração sexual, não bastassem todos os problemas diplomáticos com países importantes [que o antigo governo gerou]”, concluiu Freixo.

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