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França: é possível viajar diante de greves e protestos? – 28/03/2023 – Turismo

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Protestos contra a reforma da Previdência afetaram a infraestrutura turística da França. Nesta semana, atos contra a lei aprovada pelo presidente Emmanuel Macron no dia 16 de março paralisaram serviços de transporte e limpeza, além de museus uma vez que o Louvre, e até mesmo a Torre Eiffel, em Paris.

Com as manifestações, turistas se questionam se devem ou não diferir a visitante à região que, só em 2022, recebeu murado de 44 milhões de viajantes.

Entidades do setor hoteleiro do país afirmam que 20% de suas reservas para o mês de abril foram canceladas em meio às tensões, embora a Atout France, dependência francesa para o desenvolvimento do turismo, informe que “as manifestações não tiveram nenhum impacto no turismo para o pais”.

Voos também foram afetados pela greve. Segundo a Domínio Francesa de Aviação Social, companhias aéreas devem reduzir o número de voos com origem ou orientação no Aeroporto de Paris-Orly entre 24 a 31 de março. A medida pode fomentar atrasos e cancelamentos de última hora.

Veja a seguir recomendações sobre o que fazer para remarcar a viagem, dicas de uma vez que mourejar com os protestos e o que é provável ver em Paris.

É seguro viajar?

Sim, mas alguns países recomendam que turistas tenham zelo. Austrália, Canadá e Estados Unidos, por exemplo, já emitiram avisos de “increased caution” (aumento de cautela) para viajantes que estão indo à França nos próximos dias.

Segundo o alerta, que atingiu o nível dois em uma graduação de risco com quatro gradações, as manifestações contra o governo francesismo podem resultar em incêndios, interrupção do serviço de transportes públicos e estradas.

Em Paris, Bordeaux, Lille, Lyon e Rennes, cidades mais populosas, podem ocorrer atritos com a polícia, ocasionando episódios de repressão com jatos de chuva e gás lacrimogêneo. Em regiões rurais do interno, a previsão é que haja maior tranquilidade.

Porquê mourejar com os protestos?

De contrato com diretrizes internacionais, turistas devem evitar áreas em que ocorrem os protestos. As informações sobre áreas fechadas podem ser encontradas em sites de notícias ou em anúncios de autoridades locais.

Se encontrar manifestações nas ruas, o viajante precisa manter a calma. Outrossim, deve buscar, aos poucos, se distanciar da povo. Se estiver fora do hotel ou do alojamento é importante saber o nome do lugar ao qual está indo e uma vez que voltar. Para evitar preocupações, avise amigos e familiares sobre a localização.

Aplicativos de transporte que anunciam quando trens, metrô ou ônibus estão funcionando devem ser checados antes de trespassar. Muitas linhas têm parado durante a greve universal. Vale lembrar também que, em Paris, embora os coletores de lixo tenham encerrado sua paralisação, há pilhas de entulho nas ruas.

Pontos turísticos estão funcionando?

Locais famosos fecharam em determinados momentos devido à greve. A Torre Eiffel, por exemplo, foi tomada por manifestantes nesta terça-feira (28). Ainda não se sabe por quanto tempo ficará fechada.

Na segunda-feira (27), o Louvre —famoso museu que abriga a “Mona Lisa”— fechou as portas devido à adesão dos servidores à paralisação universal contra a reforma da Previdência. O museu já havia procrastinado em uma hora seu cronograma de funcionamento em razão dos protestos na capital na quinta-feira (23).

O Palácio de Versalhes, que foi uma das residências da família real francesa, a Rossio da República e a Rossio da Pátria também foram palco de manifestações em março.

O que é provável visitar?

Segundo Sammya Cury, brasileira que trabalha uma vez que guia em Paris, o fechamento de ruas ou de locais turísticos alterou alguns roteiros que ela oferece aos viajantes. “Mas a cidade oferece muitas opções”, afirma.

Em vez do Louvre, que fechou na segunda-feira, ela diz que levou um grupo de turistas para um passeio em Montmartre, região turística conhecida uma vez que bairro dos pintores. O mesmo aconteceu com um roteiro no Palácio de Versalhes: a guia preferiu conduzir os visitantes à Catedral de Notre-Dame de Chartres, a século quilômetros de Paris.

“Turistas não precisam cancelar a viagem por pretexto dos protestos ou do lixo na capital”, diz Cury. “Basta evitar as ruas e os locais em que acontecem os protestos”.

Meu voo pode ser cancelado?

A Domínio Francesa de Aviação Social solicitou a todas as companhias aéreas que reduzam voos que saiam ou que cheguem no aeroporto de Paris-Orly durante o período que vai de 24 a 31 de março. Por isso, atrasos e cancelamentos de última hora não podem ser descartados.

A operação da Air France no Brasil, com voos somente para o aeroporto Charles de Gaulle, não deve ser afetada. Já Latam e Iberia, companhias aéreas que fazem o trecho afetado pela subtracção de voos, podem ter cancelamentos.

O que fazer caso o voo seja cancelado?

A Air France afirma que clientes afetados por voos cancelados serão notificados. Eles podem escolher também diferir o voo sem custos. Segundo a empresa, ainda há a possibilidade de solicitar voucher ou reembolso integral da passagem, que pode ser pedido no site da companhia.

Quem tem voo pela Latam pode pedir o reembolso totalidade da passagem se o requerimento for feito em até 24 horas posteriormente a compra e se a passagem foi adquirida ao menos sete dias antes do voo, conforme prescrevem as regras da Anac para todas as companhias aéreas e para situações diversas. Outros reembolsos ou remarcações dependem do tipo de tarifa da passagem comprada, informação que pode ser encontrada ao se logar no site da empresa.

A empresa informa que suas operações entre São Paulo e Paris “seguem normalmente até o momento e que por esse motivo, caso o passageiro queira mudar a data ou cancelar a sua viagem, a remarcação seguirá as regras da tarifa contratada”.

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