São Paulo
Dani Calabresa concedeu uma entrevista ao podcast Quem Pode, Pod nesta terça-feira (23) e, no incidente, a humorista falou sobre o caso de suposto assédio sexual que move contra Marcius Melhem, ex-diretor do núcleo de humor da Globo. A atriz afirmou que considerou despovoar a curso por justificação dessa questão.
“Às vezes você não tem exigência de mourejar com aquilo naquele momento. Eu só queria transpor, eu abriria mão da minha curso. Dá uma vergonha falar isso hoje, e que bom que não fiz isso. Mas eu só queria transpor, não queria comprar essa desavença, não quero que esse tópico faça segmento da minha vida, não quero que as pessoas coloquem meu nome no Google e eu seja marcada ao lado do nome dessa pessoa que não faz segmento da minha vida e [com quem] nunca tive zero”, afirmou.
Procurada pelo F5, a Mundo informou por meio de nota que “não comenta questões relacionadas ao Compliance [departamento que recebe denúncias de funcionários]” e que “todas as informações sobre o caso já foram fornecidas às autoridades.”
Em entrevista concedida à Folha no último dia 4, Melhem disse que as sete atrizes que o acusaram de assédio o fizeram por não terem conseguido trocas de favores e que errou ao trair sua ex-mulher e, supostamente, não impor barreiras de intimidade no trabalho.
Na participação no podcast, Dani disse que só procurou o Compliance da emissora depois receber um parecer da também atriz Maria Clara Gueiros.
“Tem coisas que a gente só se mexe quando não tem outra opção. Não dá para pegar avião chorando e ir trabalhar chorando. Eu não conseguia passar o crachá na portaria, só me via sendo feliz saindo da empresa. Se tornou uma situação insuportável e insustentável. Ela pegou na minha mão, ela não falou, mas quis proferir um ‘você não está louca'”, disse.
Ela afirmou que a atriz foi junto com ela fazer a denúncia, e que a Mundo teria investigado e comprovado o caso. Não é, no entanto, o que diz o processo de 2.500 páginas obtido pela revista Veja. No documento, o Compliance teria concluído que o suposto assédio não foi provado.
“Restou, de trajo, constatada a inadequação do artista com seus subordinados, sem que fosse provável justificar prática deliberada de assédio sexual, dados os contornos legais que a conduta exige para sua caracterização”, consta no processo.
Durante a entrevista, a humorista também falou sobre a traição de Marcelo Adnet durante o relacionamento dos dois e diz que sentiu muita culpa depois a separação.
“Terminar é lembrar quem a gente é, recalcular a rota, com a sensação de ‘Será que perdeu o interesse em mim? Não sei se sou tão permitido, não sei se transo tão muito’. A gente se culpa, e mulher já se culpa por tantas coisas… as pessoas falavam ‘varão trai’. Eu também poderia trair, também tenho tesão momentâneo, mas tem maturidade, caráter e escolhas.”