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São Paulo
O Best New Artist Showcase Tour, evento solene do Grammy Latino, reuniu dezenas de artistas e celebridades em São Paulo. Em um rooftop no Meio Histórico, na capital paulistana, na noite desta quarta-feira (12), a sensação é de que se tratava de uma grande sarau de amigos do mundo da música, mas com algumas pitadas de polêmicas à vista.
Em meio a noite amena em São Paulo, Maria Rita era a artista mais esperada pelos convidados. Oito vezes vencedora de diferentes categorias do Grammy Latino, a gaúcha protagonizou um mercantil ao lado da própria mãe, Elis Regina, recriada em lucidez sintético, na semana passada. Ela foi uma das últimas a chegar ao tapete vermelho e a assessoria da artista alegou pouco tempo para perguntas dos jornalistas. Tão pouco tempo, que foi exclusivamente uma pergunta genérica sobre curso que foi respondida. Mesmo com súplica dos jornalistas (“só mais uma pergunta, Maria!”, disseram os jornalistas, que queriam saber sobre o tal mercantil), o pedido não foi atendido.
No palco, por sua vez, a filha de Elis protagonizou bons momentos. Deu risada, acenou e até se emocionou. Em um dos números de seu setlist, “Eu e Você Sempre”, clássico de Jorge Ben Jor, arrancou aplausos dos presentes. Era uma verdadeira lição de música brasileira no palco, enaltecendo o melhor da MPB em poucos minutos – o setlist durou menos de 15 minutos, ao todo.
Para os outros nomes da noite, Giulia Be (indicada ao prêmio de Artista Revelação em 2021) e Clarissa (nomeada à mesma categoria, em 2022), o que rolava ali parecia lucro. Giulia foi vista, por exemplo, gritando e celebrando o oração do presidente da Ateneu Latina de Gravação, Manuel Abud, com muitos aplausos e assovios. Quase que um congratulação e um pedido para mais atenção aos brasileiros, ao mesmo tempo. Uma verdadeira “rapariga solta” (porquê diria seu single).
No tapete vermelho, cada um dos artistas nacionais buscava seu espaço. Enquanto Giulia Be falou das emoções de sua primeira turnê (“Tem sido um momento de enaltecer minha própria equipe, formada a maioria por mulheres”, disse), MC Daniel mostrou superação, depois diversos episódios polêmicos – o funkeiro teve vídeos passando por uma blitz policial em Paris, na França, durante sua turnê pela Europa.
“Eu estou muito, aprendi a mourejar com isso. Minha vó me ligava para saber se era verdade tudo o que aconteceu (risos)”, afirmou ele, depois ser questionado sobre o que esse momento lhe ensinou. “Se esse evento tivesse sucedido três semanas detrás, nem estaria cá.”
Até mesmo Simaria, que tem dividido a opinião dos fãs por conta de sua separação músico da mana Simone, tratou de ser apaziguadora. Questionada por uma jornalista, ela demonstrou tranquilidade sobre a parente. “Ela é minha mana, sempre vou desejar o melhor do mundo pra ela, tá tudo claro”, garantiu ela.
Por termo, talvez o próprio Abud, representante solene do Grammy Latino, tenha oferecido a letra do que acontecia ali. “O Brasil tem muito potencial de dominar o mundo. São vozes muito potentes, transformam tudo em que tocam”, explicou ele.
Assim, terminou o evento solene. No rooftop, depois os shows, parecia um evento de sorte para os presentes: Di Ferrero, por exemplo, tirava selfies com quem passasse; Ananda, a autora de “Quero Que Tu Vá”, parecia confundida com uma blogueira qualquer. Era uma sarau da música, com muito glamour, mas com pouca pinta de emoção. A certeza é que o Brasil, mais uma vez, cravou seu lugar entre os globais. Seja com Maria Rita, seja com Giulia Be.
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