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Os primeiros registros de absorventes para sustar a mênstruo datam de 2000 a.C. Desde portanto, diversas soluções foram apresentadas, e agora pesquisadoras testaram a sucção delas ao sangue.
Absorvente descartável extrínseco, interno, calcinha absorvente, coletor e disco menstrual — cada um diz à mulher a quantidade de mênstruo que consegue chupar. Mas estes produtos foram testados, em universal, com chuva ou solução salina, segundo pesquisadoras americanas.
Por isso, Emma DeLoughery, Alyssa C Colwill, Alison Edelman e Bethany Samuelson Bannow utilizaram bolsas de sangue vencidas, que iriam ser descartadas, para testar 21 produtos de higiene menstrual — e descobriram uma discrepância entre a capacidade de sucção real e relatada.
“A maioria dos produtos relatava ter maior capacidade do que nossos testes encontraram. Suspeitamos que isso se deva a testes de produtos com líquidos não sanguíneos, porquê chuva ou solução salina”, observam as pesquisadoras.
Entre os produtos analisados, a calcinha esponjoso apresentou a menor capacidade, contendo até 2 ml em todos os tamanhos (pequena, média ou grande), enquanto o disco menstrual teve o melhor desempenho, retendo 61 ml. Absorventes internos e externos e copos menstruais contiveram quantidades semelhantes: entre 20 e 50 ml.
O estudo foi publicado em agosto na revista científica internacional BMJ Sexual & Reproductive Health, que cobre saúde reprodutiva.
A médica Andrea Prestes Nácul, membro da percentagem de ginecologia endócrina da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), diz que o estudo ajudará profissionais a orientarem pacientes em relação ao tipo de proteção que devem utilizar no período menstrual.
Para mulheres que usam pílulas anticoncepcionais, segundo ela, um coletor menstrual ou esponjoso descartável podem ser suficientes. Já mulheres que usam DIU (dispositivo intrauterino) de cobre podem se beneficiar do disco.
No Brasil, um estudo da Unicamp (Universidade de Campinas) publicado em 2022 avaliou que murado de 30% das mulheres vão se queixar de sangramento uterino irregular ao longo da sua vida reprodutiva — para elas, também é indicado o disco.
“A calcinha com esponjoso funciona quase porquê protetor quotidiano, para os últimos dias do fluxo”, diz a ginecologista a partir dos resultados do estudo.
Faltam informações
As pesquisadoras reconhecem que há limitações em suas descobertas, uma vez que os resultados dos testes de laboratório não são os mesmos obtidos em pessoas. Embora as células vermelhas do sangue se assemelhem mais a mênstruo do que chuva ou solução salina, ainda não são exatamente iguais.
A mênstruo contém, além de sangue, secreções vaginais, muco cervical e células endometriais.
As mulheres podem esperar ter mais de 400 ciclos em suas vidas, segundo outro cláusula publicado na BMJ pelo médico Paul Blumenthal, da Universidade de Stanford, e colegas.
Pesquisas focadas em mênstruo, porém, continua sendo sub-representada na literatura médica.
Exclusivamente 400 estudos sobre sangue menstrual foram publicados nas últimas décadas, enquanto artigos sobre disfunção erétil são mais de 10.000, segundo os pesquisadores
Segundo Nácul, a última pesquisa que usou sangue para testar protetores menstruais é de 1990, quando absorventes externos e internos das participantes foram recolhidos e avaliados em relação à quantidade de sangue coletado.
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