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O grande problema da produção está na construção dos quatro protagonistas e nas suas motivações. Luma (Agatha Moreira), Viola (Gabz), Rudá (Nicolas Prattes) e Mavi (Chay Suede) não têm características que geram identificação no público e as armações que um faz para prejudicar o outro não causam interesse no público, pois nem os personagens, nem suas ações provocam engajamento emocional em quem assiste.
Tudo gira em torno de numerário, sofreguidão e poder e os poucos conflitos que surgem a partir de relações interpessoais. Por mais que mudanças tenham ganhado corpo desde o capítulo de segunda para fechar a premissa de que o jogo vira o tempo todo, essas transformações não parecem ser suficientes.
Luma uma vez que vilã não soa verossímil, já que ela tem todas as características de heroína. A personagem de Agatha Moreira nasceu sendo vítima de uma farsa que acumula uma série de golpes e traições. Não houve uma construção que levasse o público a comprar a teoria de que ela poderia se tornar uma mau-caráter.
Viola e Rudá, por sua vez, começaram a romance enganando Luma. Explicitar a quesito de mocinhos dos dois personagens tem um potencial enorme de não funcionar, já que, aos olhos do testemunha, é difícil torcer para um parelha cuja paixão aconteceu de forma repentina e que ainda razão sofrimento em Luma, que sempre os defendeu e fez tudo para ajudá-los.
Se em dois meses de romance, o romance de Viola e Rudá não emplacou, não será agora que ele vai invadir o público. “Mania de Você” precisa de uma revolução mais profunda e apostar em uma trama principal com elementos que gerem empatia e identificação em quem assiste.
Por mais frustrante que seja mudar o coração de uma história, talvez a melhor saída para “Mania de Você” fosse dividir o posto de heroína entre Luma e Viola, gerar interesses românticos para as duas, estabelecer uma boa motivação para cada uma delas e centrar as maldades em Mavi e Isis (Mariana Ximenes), que poderiam se unir para tocar o terror.
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