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O aviso no Museu da Academia, em Los Angeles, funciona mais uma vez que incentivo do que impedimento. “Esta exposição contém nudez, linguagem possante, vômitos e teor sexual e violento que pode ser perturbador para alguns indivíduos.”
É justamente para isso que os fãs de cinema estão fazendo fileira para ver “John Waters: Pope of Trash”, ou o papa do lixo, a primeira exposição dedicada ao diretor de clássicos cult da comédia uma vez que “Pink Flamingos”, “Poliéster” e “Hairspray: E Éramos Todos Jovens”.
Depois de quatro anos de planejamento, a mostra conta com muro de 400 itens, incluindo figurinos extravagantes, objetos de cena memoráveis, rascunhos de roteiro, manuscritos, peças de marketing, pinturas de fãs e lembranças pessoais. A mostra fica em papeleta até agosto do ano que vem. Será acompanhada pela exibição de seus filmes, com a presença do responsável nas sessões.
“Tenho certeza que alguém vai comparecer para expressar ‘uma vez que ousa fazer isso?’. Eu espero que sim. Caso contrário, fizemos um tanto inexacto”, diz Waters, de 77 anos, rindo enquanto apresentava a exposição à prelo.
É improvável que alguém reclame. Waters, que décadas detrás foi um forasteiro do cinema recíproco, é hoje popular e quase convencional e ganhou sua estrela na lajeada da renome. A maioria dos itens da mostra foi emprestada de coleções de duas universidades —uma prova de uma vez que ele foi absorvido pelas instituições.
Segundo o diretor, a exposição combina humor e seriedade de uma forma óptimo, sem ironia. “Por mais que eu ame ironia, ela é uma forma de esnobismo. Não há nenhuma cá. É tudo descrito de verdade.”
Embora Waters não tenha feito um filme desde “Clube dos Pervertidos”, uma explosivo mercantil e de sátira de 2004, ele raramente sai dos holofotes. Até zombou de sua onipresença com uma frase de efeito perfeita. “Sou tão venerável que poderia vomitar.”
Se ele não está exibindo seu famoso bigodinho na TV, numa reprise de “Os Simpsons” ou “Law & Order”, está ocupado promovendo seus livros, fazendo stand-up ou ganhando prêmios em festivais de cinema.
Ele relembrou uma visita ao Festival do Rio. “Amei. Mas todo mundo, menos eu, foi assaltado no primeiro dia, logo que saiu do hotel, em quatro minutos”, lembra. Coincidentemente, muitos dos 12 filmes de Waters giram em torno de cenas de violação.
Em “Problemas Femininos”, de 1974, uma estrela obcecada pela renome, interpretada pela drag queen Divine, comete uma série de assassinatos e acaba condenada à morte na cadeira elétrica —para sua mórbida alegria.
A cadeira é um dos adereços expostos no museu e vem da coleção do próprio Waters —ou mais exatamente de sua morada em Baltimore, nos Estados Unidos, onde ela faz secção da decoração.
Waters passou toda a sua vida em Baltimore, uma cidade assolada pelo violação no estado americano de Maryland. Ele fez todos os seus filmes na região, frequentemente escalando amigos e outros moradores locais. A cidade é cenário, por exemplo, da série policial “The Wire”.
O diretor afirma que seu grande tarar em relação à exposição é que seus pais não estão mais vivos para ver. “Meus pais não eram boêmios”, diz Waters, acrescentando que seu tio era um funcionário de elevado escalão da gestão do presidente Richard Nixon. “Eles simplesmente pensaram ‘o que mais eu poderia fazer’. ‘É melhor apoiarmos. É isso ou a prisão’.”
Quando petiz, Waters divertia seus amigos e familiares com espetáculos de marionetes violentos. Ele fez seu primeiro filme aos 18 anos, “Hag in a Black Leather Jacket”, um curta de 17 minutos filmado com uma câmera Brownie de oito milímetros que tinha sido um presente de sua avó.
O filme, que à idade custou US$ 30 para ser produzido, acompanha um par inter-racial casado por um membro da Ku Klux Klan. Sua mãe fez o comitiva de piano, enquanto seu pai financiou a empreitada —e foi totalmente reembolsado.
Waters continuou ultrapassando os limites do bom palato, uma vez que reencenar o homicídio do presidente americano John Kennedy somente cinco anos depois do incidente em “Eat Your Makeup”, retratando um personagem assado no espeto em “Viver Desesperado” ou mostrando alguém comendo cocô de cachorro em “Pink Flamingos”.
Durante sua trajetória, ele ganhou o sobrenome de “papa do lixo” do escritor beat William Burroughs. A drag queen Divine foi talvez a mais famosa no elenco recorrente de Waters. Seu nome de batismo era Harris Glenn Milstead, e ele era um colega de puerícia de Waters.
A personagem brilhou em filmes uma vez que “Pink Flamingos”, “Roman Candles” e “Hairspray”, que estreou pouco antes de sua morte, há 35 anos, quando Milstead tinha 42.
Outros amigos de Waters incluíam Mink Stole e Mary Vivian Pearce, que também apareceram em todos os seus filmes. “Éramos somente um grupo de pessoas que, contra todas as probabilidades, fizemos esses filmes. Não era um ato político”, diz ele. “Não estávamos pensando em Hollywood ou um tanto assim.”
Veja dicas de John Waters para o sucesso
Nem todos podem ser cineastas famosos, mas John Waters, ao apresentar sua exposição, deu algumas dicas para o sucesso, em qualquer superfície.
Encontre ótimos pais, uma vez que os dele. “Eles foram solidários e muito amorosos. Quando você é jovem, você pensa ‘oh, eles não entendem zero’. Eles entendem mais do que a maioria!”
Mantenha seus amigos perto. “Não confio em pessoas que não têm velhos amigos. Alguma coisa está errada com eles. Facebook não é amizade. Isso é amizade preguiçosa.”
Tenha boas maneiras. “Boas maneiras é uma vez que você negocia. Sempre que faço reuniões em Hollywood, vou de gravata porque ninguém usa isso, o que confunde as pessoas. Outra coisa que sempre fiz é remunerar a conta [da refeição]. Eles nunca esperam que você ofereça. O artista nunca paga. Eu sempre pago.”
Envolver-se. “Sempre falo para os jovens ‘se você quer participar de alguma superfície, você tem que participar’. Se quer ser um negociante de arte, vá a galerias. Se quer participar de filmes, veja todos os filmes. Os filmes ruins também.”
Tenha siso de humor. “Qualquer um que sobe num varanda faz as pessoas rirem. Eles vão ouvir você. Primeiro, tire sarro de si mesmo. Depois pode tirar sarro das outras pessoas. Não diga somente que está patente. Até a Igreja Católica parou de expressar que o papa é infalível.”
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